COM RECORDES DE CALOR E POUCAS CHUVAS, CIDADES DA REGIÃO ESTÃO EM SITUAÇÃO DE SECA EXTREMA; SANTA FÉ, SECA SEVERA
Várias cidades estão vivendo sob uma seca extrema no interior do estado de São Paulo. A falta de chuva se alastra pela região e deixa a umidade relativa do ar próxima de 20%, como é o caso de Santa Fé do Sul, nível considerado crítico (alerta laranja), quando o mínimo ideal é de 60%, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O fenômeno do El Niño já acabou, mas seus efeitos continuam: os primeiros seis meses do ano foram de recorde de calor e a chuva ficou abaixo da média na maior parte do país. São José do Rio Preto, por exemplo, está sem chuva significativa há 101 dias, ou seja, mais de três meses.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou, no domingo (21), um nível extremo: 19% de umidade em Ariranha.
A última chuva significativa no noroeste de São Paulo foi registrada no dia 14 de abril. Segundo o Serviço Municipal Autônomo de Água e Esgoto (Semae), no primeiro semestre de 2023 choveu 1.158 milímetros, contra 606,1 milímetros neste ano.
A situação também é de alerta nas regiões de Bauru e Marília: Jaú, Bariri, Pederneiras, Iacanga, Bocaina e Arealva aparecem na categoria de seca extrema.
Além disso, a maior parte das cidades nas regiões de Itapetininga, Sorocaba e Jundiaí (SP) estão sob a classificação de seca severa. Em Itu, inclusive, a prefeitura decretou intervenção nos reservatórios particulares por causa da estiagem. A seca severa também atinge Santa Fé do Sul.
Segundo os dados do Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), ligado ao governo federal e que monitora a estiagem pelo país, 1.024 cidades no país estão sob a classificação de seca entre extrema e severa (a mais alta da escala).
O número é quase 23 vezes maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando 45 cidades estavam nesses níveis de seca. O monitoramento classifica as cidades em quatro categorias de seca: extrema, severa, moderada e fraca. g1.