Ideb 2023: escola de Santana da Ponte Pensa é classificada a melhor do estado nos anos finais do ensino fundamental
A única escola de Santana da Ponte Pensa foi classificada a melhor do estado de São Paulo nos anos finais do ensino fundamental, por meio do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). O resultado foi divulgado em 14 de agosto.
A Escola Estadual “Domingos Donato Rivelli” é a primeira no ranking entre as melhores escolas públicas do estado de São Paulo, com a nota de 7,4 no Ideb, nos anos finais do ensino fundamental; e também a primeira entre as escolas estaduais da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc).
Em 2023, os alunos, que estavam no 9º ano, foram os responsáveis por esse resultado. Essa não foi a primeira vez que a instituição de ensino se destaca na avaliação.
Em 2019, quando esses mesmos estudantes estavam matriculados no 5º ano do Ensino Fundamental, eles ficaram no ranking do Ideb como a segunda melhor escola da Seduc, nos anos iniciais; e a décima melhor escola entre todas da rede pública paulista, que considerou as instituições municipais e estaduais. À época, o índice da escola para os anos iniciais foi de 8,3.
O Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) avalia as competências de língua portuguesa e matemática e integra o Ideb, junto às taxas de aprovação. A unidade conta com 160 estudantes matriculados por meio do Programa Ensino Integral (PEI).
Como o Ideb é calculado
O cálculo do Ideb obedece à seguinte fórmula: os resultados dos testes de língua portuguesa e matemática são padronizados em uma escala de 0 a 10. Depois, a média dessas duas notas é multiplicada pela média das taxas de aprovação das séries de cada etapa avaliada (anos iniciais, anos finais e ensino médio), que variam de zero a 100.
Exemplo: numa escola com desempenho no Saeb igual a 6 e taxa de aprovação de 90%, (0,90), o Ideb é igual a 6 vezes 0,9 = 5,4.
Por que devemos tomar cuidado ao interpretar os dados do Ideb
A última edição do Ideb, de 2021, trouxe dados enganosos: foram colhidos em condições que acabaram “mascarando”, de forma não intencional, o verdadeiro retrato da educação brasileira na pandemia.
Os dois “ingredientes” do Ideb foram comprometidos, porque parte das redes de ensino adotou a aprovação automática na pandemia (e teve, portanto, um Ideb artificialmente mais alto).
Pela primeira vez, também por causa da Covid-19, a porcentagem de alunos que fizeram a avaliação (Saeb) foi muito mais baixa em alguns estados, fornecendo dados estatisticamente pouco confiáveis.
Nos anos iniciais do ensino fundamental, por exemplo, justamente na etapa em que as crianças enfrentaram dificuldades nos processos de alfabetização à distância, o Ideb nacional foi de 5,8 (uma flutuação muito discreta em relação aos 5,9 de antes da pandemia). g1.