Cadeira(da) vazia
A música ‘Cadeira Vazia’, composta pelo renomado Lupicínio Rodrigues, é um clássico do samba-canção, gênero que frequentemente aborda temas de amor, desilusão e sofrimento.
No penúltimo debate político, Datena, após ouvir umas verdades, partiu com tudo sobre Marçal atacando-o com uma cadeira.
A letra da música retrata um diálogo entre duas pessoas que compartilharam um passado amoroso, onde uma delas, após ter partido e vivido outras experiências, retorna em busca de refúgio e aceitação.
Tal e qual acontece na vida política quando o candidato volta para a cena do crime em busca de amor e carinho.
O grande compositor gaúcho expressa um misto de sentimentos que vão desde a dor da partida até a resignação diante do retorno da pessoa amada.
A ‘cadeira vazia’ simboliza a ausência e a espera, mantendo viva a memória do relacionamento que foi interrompido.
No caso do debate político, a cadeira estava vazia, senão o parceiro estaria com uma bruta dor de cotovelo dos diabos.
A expressão ‘filha pródiga’ contida na música faz referência à parábola bíblica do filho pródigo, que retorna arrependido após ter esbanjado sua herança, sugerindo que a pessoa que voltou procurou algo no mundo não encontrou e depois busca redenção.
No caso do relacionamento político acontecido entre eles, o filho pródigo da cadeirada também voltou ao aconchego do lar.
Apesar da acolhida, a letra da música deixa claro que o relacionamento não será o mesmo. Apesar de o outro oferecer abrigo e sustento, mas não o afeto de outrora, evidenciando uma cicatriz emocional que não se fechou completamente.
Mas, como na política, eles costumam xingar, brigar, dar cadeirada um no outro e depois ficarem juntos no maior amor do planeta.
A dor de cotovelo ou da costela e o perdão em cadeira(da) vazia são tão complexos como os sentimentos humanos de perdoar e esquecer as mágoas do passado partidário.
Moral da história: Em briga de político não se deve meter a colher porque a vítima pode ser você.