Toshiko Abe

Publicado em 8/02/2025 00:02

A nossa heroína de hoje, Toshiko Mizutani Abe, filha de D. Hissa e Sr. Kozo, é nascida em Marília em 28 de janeiro de 1949. Nos anos 40, a família Mizutani e Abe, da ilha de Hokaido, Japão, embarcou no navio Buenos Aires Maru para trabalhar nas lavouras de café no Brasil. Do Porto de Santos foram para uma colônia de japoneses em Garça.
Em Marília, o jovem Kozo abriu uma tinturaria e se casou com Hissa. Toshiko é a primogênita de uma família de sete irmãos. Depois foram morar em Uraí, Paraná onde a família adquiriu um sítio para tocar lavoura de café. Até o terceiro ano do grupo, o seu pai a levava de bicicleta para a escola e aproveitava para tomar as tabuadas durante um percurso de 10 quilômetros.
Em Jales, completou o quarto ano primário, fez a admissão nos anos 60, foi para o ginasial na Escola Euphly Jales, cujo diretor era o professor José Caetano e, nos anos 70, se formou professora primária na Escola Normal do Município. Foi aluna brilhante no nihon gakko, escola de língua japonesa.
Em 1971, prestou concurso do Banco do Brasil e foi admitida na agência de Jales. Em 1972 conheceu o príncipe encantado, Tikara, e se casou. Em 1973, nasceu o seu filho Sílvio, dia em que foram para Santo André e em seguida São Joaquim da Barra. Em 1978 vieram para Santa Fé do Sul e morou na Rua 16, na casa alugada do colega Romeu Machado, vizinha dos meus saudosos pais, Sr. Massuo e D. Emiko Watanabe.
Em 1980, com a restruturação do Banco de Brasil através do Projeto Novo Rosto, Toshiko foi transferida para a agência de Ribaeirão Preto junto com os colegas Éder Mura, Zanini e Chico Santana, mas voltou para a terrinha em 1990 e se aposentou em1995.
A nossa guerreira foi exímia cantora de karaokê ganhando o Troféu Regional da categoria numa competição realizada em São José do Rio Preto entre as regiões da Alta Araraquarense e do Noroeste Paulista.
Participante ativa do Clube Nipo como diretora, dançarina do Bon Odori, cantora do grupo de gakudan, o conjunto de músicas folclóricas japonesas, e na culinária japonesa junto com o seu saudoso esposo Tikara Abe.
O povo japonês, com toda a sua tradição e cultura milenares, preserva uma série de idades marcantes com espécies de rituais de passagem durante a vida. Não é que a nossa heroína de hoje, comemorou os seus 77 anos de idade, fazendo um paralelo à cultura brasileira? A festa com motivos dos anos 60, realizada nos suntuosos salões da AABB, marcou a alegria daquele tempo, com músicas e figurinos da época, numa decoração exuberante que contagiou a todos os amigos, inclusive os seus irmãos Katsuhiko, Tereza, Sérgio, Keiko, Edson e Neide, além de primos e sobrinhos-netos.

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