EXISTE GUERRA JUSTA II? (agora em números)
Em continuidade ao artigo anterior sobre a indagação acima, agora vou utilizar parte do texto de Luiz Marques, no site “Outras Palavras”, em termos pragmáticos de dados e números que bem revelam a injustiça das guerras.
Já em subtítulo da matéria o autor decreta: “Custo do terror não é apenas moral e geopolítico. O genocídio e a agressão ao Irã desgastam economia. Emergem crise na agricultura, risco de colapso de serviços públicos e êxodo de jovens. E impactos ambientais do belicismo são incalculáveis”.
O Programa de Dados sobre Conflitos registrou 61 conflitos ativos no mundo, o maior desde o início das estatísticas em 1.946. Isto em uma época que precisamos nos unir para preservar a natureza e reverter o aquecimento global.
O que Israel faz em Gaza, vamos ver um panorama extraído do texto menioado:
“O genocídio está quase completo. Quando estiver concluído, terá não apenas dizimado os palestinos, mas terá também exposto a falência moral da civilização ocidental. (…) Dois milhões de pessoas estão acampadas entre os escombros ou ao ar livre. Dezenas são mortas e feridas diariamente por granadas, mísseis, drones, bombas e balas israelenses. Falta-lhes água limpa, remédios e alimentos. Chegaram a um ponto de colapso. Doentes. Feridas. Aterrorizadas. Humilhadas. Abandonadas. Destituídas. Famintas. Sem esperança”.
Netanyahu agora usa o ataque do Hamas como pretexto para pôr em prática sua real intenção: reduzir Gaza a pó (Cf. Meron Rapoport & Oren Ziv, “Que Gaza vire poeira!”. Outras palavras, 11 jun. 2025 (traduzido de +972 Magazine).
O mundo assiste placidamente um genocídio anunciado oficialmente.
Segundo o Euro-Med Human Rights Monitor, já no primeiro mês dos bombardeios, Israel lançou sobre a Faixa de Gaza mais de 25 mil toneladas de bombas, “o equivalente a duas bombas nucleares” Cf. “’O que Israel faz em Gaza não tem precedentes no século 21′, diz historiador israelense especialista em holocausto”, (BBC Brasil, 11 jun. 2025).
Segundo a ONU, até 18 de junho de 2025, Israel matou 55.297 e feriu 125 mil palestinos, perdendo 1.200 de seus soldados em Gaza (Cf. ONU, “Reported impact snapshot. Gaza Strip (4 June 2025).
O número acima não é pouco, tratando-se de vida humana. Ocorre que o número real de mortes palestinas é, com toda probabilidade, mais de três vezes maior do que as estimativas oficiais. Segundo cálculos de um estudo publicado na revista Lancet, Israel havia feito, até 19 de junho de 2024, mais de 180 mil vítimas fatais.
O espaço aqui é pequeno, mas os dados são alarmantes e só não sensibilizarão os impermeáveis ou os insanos, mas já se vê em dados que não existe guerra justa. Não é só filosoficamente que a guerra é injusta. Em números também.