O ERRO NÃO PODE SE REPETIR

Publicado em 27/09/2025 00:09

As manifestações do dia 21 de setembro de 2025 foram um evento significativo no Brasil, reunindo milhares de pessoas em diversas cidades do país. Os protestos foram convocados por movimentos sociais, centrais sindicais e organizações civis em resposta à PEC da Blindagem e ao projeto de anistia para condenados por tentativa de golpe.
As participações e o engajamento de artistas não desconfiguram a legitimidade da manifestação.
A proposta que levou o povo às ruas para protestar visa proteger parlamentares de processos criminais, exigindo autorização prévia do Congresso para abrir ação penal contra eles. Esse absurdo pode gerar impunidade e retrocesso.
O outro projeto de anistia busca perdoar envolvidos nos ataques às instituições democráticas, excluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. A esquerda resiste a qualquer suavização da condenação de Bolsonaro.
As manifestações refletem a tensão política no Brasil, com debates acalorados sobre a anistia e a PEC da Blindagem. O governo Lula se posicionou contra a anistia, enquanto parlamentares bolsonaristas defendem um amplo perdão.
Muitos questionam que alguns anteriormente anistiadas hoje são contra a anistia.
Simples a resposta: é que os anteriormente anistiados foram vítimas do Estado, tais como professores, intelectuais, jornalistas, músicos dentre outros que foram expulsos do país, com cassação de seus direitos, sem direito de defesa.
Os que querem anistia hoje são aqueles que atentaram contra a democracia e o Estado democrático de Direito (dentro do próprio Estado), situação jurídica bem diferente das vítimas do regime autoritário de 1.964 e foram julgados com amplo direito de defesa.
Naquela oportunidade alguns algozes da ditatura também foram anistiados, mas em evidente erro e esse erro não pode ser repetido; devem ser punidos para servir de exemplo para que não mais tentem desestabilizar o Estado democrático de Direito.
O erro não pode – e não vai – se repetir.

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