CARNE VERMELHA: COMER OU NÃO COMER?

A nutrição é uma ciência muito dinâmica, a cada dia surgem muitas pesquisas e, por diversas vezes, um alimento que era mocinho vira vilão e vice-versa.
Mas, parece que a carne vermelha é um dos itens que sempre permanece na lista negra.
Será, então que devemos riscar este alimento da nossa dieta?
Comer carne vermelha faz mal a saúde?
Já é sabido que a gordura da carne não faz bem por elevar os níveis de colesterol e favorecer doenças cardiovasculares.
Também sabemos que o modo de preparo da carne influencia seu valor nutritivo e tóxico: o adorado churrasco, feito com a carne assada sobre o carvão vegetal, faz com que a mesma adquira um composto altamente cancerígeno, chamado de hidrocarboneto aromático policíclico, que é péssimo a nossa saúde. Portanto, é melhor escolher carnes feitas em grelhas elétricas, cozidas ou ao forno.
Mais recentemente, um estudo que durou 14 anos concluiu que a alta ingestão de carne vermelha está associada ao maior risco de desenvolver diabetes. Neste estudo, as mulheres que consumiam, em média, 60 a 100g de carne, o que equivale a um bife médio, aproximadamente, apresentavam maiores níveis de proteína C-reativa e ferritina, marcadores de inflamação, hiperinsulinemia e maior nível sanguíneo de hemoglobina glicosilada, o que indica alteração no metabolismo da glicose, favorecendo o diabetes.
Porém, antes de riscar a carne vermelha do seu cardápio, você deve se lembrar que ela é fonte de ferro, que combate a anemia, vitamina B12, essencial ao sistema nervoso e zinco, mineral fundamental para a imunidade.
Além disso, também é preciso lembrar a palavra chave na nutrição: moderação.
O consumo de carne vermelha magra, devidamente preparada, 3 vezes na semana não apresenta malefício.
Portanto, a resposta da pergunta comer ou não comer é: comer, com moderação, cortes magros e com preparo correto.
O grande vilão da sua alimentação pode ser (é) você mesmo.

Uma vida saudável começa pela alimentação!
Consulte um nutricionista!