Uma seleção sem talento
Eu não gostei da convocação dos jogadores da seleção brasileira de futebol para a Copa do Mundo no Brasil.
Vamos relembrar o passado.
O Brasil sempre ganhou a Copa com jogadores de talento.
Em 1958 e 1962 o meio de campo do escrete canarinho tinha nada menos Zito, do Santos; Dino Sani, do São Paulo; Didi, do Botafogo; Moacir, do Flamengo; Mengálvio, do Santos e Zequinha, do Palmeiras. Assim, os atacantes Pelé, do Santos; Garrincha, do Botafogo; Vavá, do Palmeiras e Amarildo, do Botafogo recebiam as bolas açucaradas para fazer os gols.
Na Copa de 70, apenas Félix, goleiro do Fluminense; Brito, zagueiro central do Flamengo e Everaldo, lateral esquerdo do Grêmio, não eram craques na acepção da palavra. Carlos Alberto, lateral direito e Clodoaldo, centro médio, ambos do Santos, além de Wilson Piazza, do Cruzeiro eram verdadeiros artistas da bola. E o resto do time era excepcional. Gérson era o dez do São Paulo; Rivelino era o dez do Corinthians; Jairzinho era o dez do Botafogo; Tostão era o dez do Cruzeiro e Pelé, o dez do Santos.
Com exceção da Copa de 94, o tetra foi conquistado às turras, com um erro na cobrança de pênalti de Roberto Baggio, da Itália. Se não fosse o Tafarel, goleiro do Reggiana, nós tínhamos perdido o título. Foi muita sorte ganhar os jogos com a criação de um meio de campo formado por Mauro Silva, La Coruña; Dunga, Stuttgart e Zinho, Palmeiras. A conquista teve êxito por causa de Romário, do Barcelona e Bebeto, da La Coruña, aliás, uma seleção de estrangeiros…
Nesta Copa, de 2014, Felipão, técnico retranqueiro e, amante do futebol força, não convocou os craques que fariam a diferença na hora de decidir uma partida, tais como Kaká, Ganso, Robinho, Pato e Ronaldinho Gaúcho.
Vamos nos lembrar de jogadores habilidosos que não foram para uma Copa do Mundo: Afonsinho (Botafogo); Dicá (Ponte Preta); Pita (Santos); Roberto Dias (São Paulo); Zenon (Guarani); Djalminha (Guarani); Alex (Palmeiras); Adílio (Flamengo); Dirceu Lopes (Cruzeiro) e Neto (Corinthians).
Moral da estória: “Com o talento nem sempre se ganha, mas é sempre melhor jogarmos com ele.”