Tópicos da Semana

Publicado em 23/05/2014 23:05

Charge 24-05A galinha do vizinho
Temos o triste hábito de não valorizar o que é nosso.
Desde pequenos, fomos “ensinados” que o americano Tio Patinhas é mais rico e chique que o nosso Chico Bento… (ele tem dólares do bolso). Nascemos com a cultura de que a galinha do vizinho é sempre mais gorda que a nossa, que tudo o que é de lá é melhor do que o de cá.
Pois é…e aqui?
Santa Fé do Sul já se firmou como uma cidade onde se come um dos melhores peixes do Estado. E isso é fato.
Temos uma grande variedade de espécies em nossos rios, e isso nos dá a oportunidade de podermos preparar muitos pratos a base dessa iguaria.
Aqui, os santafessulenses ou os turistas podem saborear os mais diversos tipos de peixes em pelo menos cinco restaurantes, sem a necessidade de irem a outras cidades. Está mais do que na hora de valorizarmos o que é efetivamente da cidade! Não é possível que promotores de eventos e autoridades locais continuem não valorizando nosso “produto interno bruto”.
Aqui não vira!!!
Enquanto isso, na Estância, o que mais tem se escutado nas últimas semanas é que o comércio está parado. Muitas lojas estão com as prateleiras cheias de roupas, sapatos e afins (a espera do frio ou da Ficcap); donos de lanchonetes e restaurantes literalmente clamando pela entrada de clientes e, enquanto isso, outros estabelecimentos comerciais estão fechando as portas, por falta de um incentivo mais eficaz, ou será que a grama de lá é mais verde que a de cá?
Falta pouco…
A dezenove dias Copa do Mundo, o que se percebe é um clima de certa tensão e ceticismo.
Uma pesquisa recentemente encomendada pelo Datafolha apontou que hoje mais brasileiros rejeitam a Copa do que a apoiam, e é bem provável que saia mais gente às ruas para protestar do que para prestigiar o torneio.
Justiça
Não que não sejam justas as reivindicações por investimentos em educação, saúde, moradia, segurança e transportes. Com a nossa pesada carga de tributos, o Estado brasileiro deveria, urgentemente, provir serviços mais eficientes, assim como necessitamos de uma população mais engajada, exigindo serviços mais eficazes, com mais ação e menos blá blá blá.
Nossa marca
Não podemos jamais esquecer-nos de que a Copa do Mundo é uma das melhores oportunidades de projeção do país e, se a usarmos de forma eficaz na promoção da marca “Brasil”, ganharemos muito, e menos a Copa nos terá custado, pois a imagem ou marca de um País pode ser muito mais importante do que o que ele produz e vende.
Meu Brasil
O Brasil não é só um país em construção, mas uma marca em construção. Uma marca que reflete tudo o que somos: um gigante em paz com os vizinhos, um país com enormes recursos humanos e materiais, uma das maiores democracias do mundo, uma economia de mercado de cerca de 200 milhões de consumidores, com imprensa livre, Justiça independente e instituições sólidas. E olha que são poucas as nações que têm essas credenciais.
Publicidade
Durante a Copa, pelo menos um terço do planeta estará antenado para ver os jogos e, por conseguinte, o país que os sediará. Não tem cartão de crédito nem emissão de títulos da dívida pública que paguem essa enorme publicidade global. Precisamos aproveitá-la ao máximo. O Brasil ainda é pequeno em comércio internacional e atração de turistas. Atrairemos muito mais recursos realizando uma Copa ordeira, que revele um país dinâmico, alegre e capaz de se organizar. Isto trará frutos para todos os brasileiros.
Roupa suja se lava em casa
Vamos resolver nossos problemas entre nós mesmos. Não devemos fazer parte do grupo do “deixa pra lá” ou do “deixa a vida me levar”, muito menor sair quebrando tudo pela frente, mostrando ao mundo a insatisfação de alguns. Devemos, sim, resolver nossos problemas entre nós…o mundo não precisa saber!
Enquanto isso…
Trinta mil militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, e que este ano integram o esquema de segurança da Copa do Mundo, como membros da Operação Ágata 8, uma mobilização especial que as Forças Armadas realizam anualmente nos 16.886 quilômetros de fronteiras com outros dez países sul-americanos, e que este ano foi incluída nos plano de segurança do Mundial. A operação, como um todo, se estenderá até o final da Copa e conta com a participação não apenas de militares do Exército, da Marinha e da Força Aérea, mas também da Polícia Militar, da Polícia Rodoviária, da Polícia Federal e de outros órgãos, como a Alfândega e o Ibama.
Who’s that girl?
A Ágata é a maior mobilização realizada pelo Estado no combate aos ilícitos de Norte a Sul do país, entre Oiapoque (AP) e Chuí (RS), e já na primeira semana de operação, que teve início no dia 10 deste mês, foram apreendidos 32 toneladas de maconha e 121 quilos de cocaína que, ao passar pelo processo de refino, resultaria em cerca de uma tonelada 6,2 toneladas de drogas (a maior parte maconha); 10 mil pacotes contrabandeados; 25 armas; 20 mil m³ de madeira ilegal; 1,65 toneladas de peixe; 3,2 toneladas de carne de origem suspeita; 5,8 mil litros de combustíveis contrabandeados e mais de um milhão de reais em mercadorias ilegais.
Porque não?
Se a referida Operação, sempre que necessária, tem sempre se mostrado eficaz no combate aos diversos tipos de criminalidade, porque não instituí-la como uma ação ininterrupta, 24 horas por dia, todos os dias do ano, por tempo indeterminado, dotando-a de todos os recursos humanos, financeiros e materiais necessários?
Ora, só na Copa?
A operação de fronteiras se encerra dentro de mais alguns dias. Com toda certeza sua missão, designada pela presidente Dilma e pelo ministro da Defesa Celso Amorim, foi cumprida, e, então os “olhos” da Ágata estarão focados na Copa do Mundo.
Para inglês ver
Por volta de 1830, quando a Inglaterra exigiu que o Brasil aprovasse leis que impedissem o tráfico de escravos, todos sabiam que elas não seriam cumpridas; assim, essas leis eram criadas apenas para “inglês ver”, e a voz das autoridades era “vamos fazer isso logo, pois só serve para inglês ver mesmo!”

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