Proibido no Brasil, cigarro eletrônico é eficaz no combate ao tabagismo
Parar de fumar é o desafio e sonho de muitos brasileiros e brasileiras; porém, isso requer tanto uma grande dedicação, quanto uma boa estratégia.
Foi revelada uma pesquisa realizada pela universidade College London, no Reino Unido, que apresentou dados interessantes sobre a eficiência do uso de cigarros eletrônicos no auxílio contra o vício do cigarro.
De acordo com a pesquisa, que analisou cerca de 6 mil fumantes, foi constatado que um quinto deles conseguiu parar de fumar com a ajuda de cigarros eletrônicos, índice 60% maior do que o atingido por aqueles que não usaram os aparelhos, e recorreram apenas a força de vontade ou terapias de reposição de nicotina, utilizando adesivos ou chicletes.
A pesquisa classificou como ‘cautelosamente positivo’ o desempenho do cigarro eletrônico.
Cerca de 2 milhões de pessoas usam o produto hoje no mundo todo; no entanto, no Brasil, a venda e importação do cigarro eletrônico está proibida no país pela Agência de Vigilância Sanitária, a Anvisa, desde 2009, sob alegação de falta de comprovação científica da sua qualidade e de seus possíveis efeitos na saúde do homem.
O cigarro eletrônico funciona substituindo a combustão do tabaco e de outras substâncias pela queima de nicotina líquida, transformando-a em vapor, de modo que o usuário pode escolher o nível de concentração da substância e os ingredientes que quer misturar ao produto.
O santafessulense Michel Ricardo iniciou agora o uso do cigarro eletrônico, que conseguiu adquirir para si fora do país, e, segundo ele, já é possível sentir a diferença entre esse método e os demais existentes.
“É visível a diferença entre o cigarro eletrônico e os adesivos ou chicletes de nicotina, os quais já utilizei. Ele é o que melhor substitui a ausência do cigarro; no entanto, a opinião e força de vontade devem prevalecer do mesmo modo, pois, apesar de ser muito bom, não existe milagre”, disse Michel.
Ainda de acordo com ele, o único ponto que pode ser considerado inconveniente no cigarro eletrônico é a sua bateria, que não tem uma duração tão longa, fazendo com que seja necessário possuir pelo menos mais de uma, para quando esta acabar e tiver que ser recarregada, ter sempre uma a mão para utilizar.
De acordo com dados revelados no início desse ano pela Organização Mundial da Saúde, existem cerca de 2 milhões de casos de câncer de pulmão no mundo, sendo que 80% está diretamente ligado ao tabagismo.