CASAL ACUSADO DE MATAR JORNALISTA AINDA NÃO FOI CONDENADO
Foi realizado ontem, dia 5, no Fórum de Votuporanga, o julgamento do casal Adriano Santos Oliveira e Vanessa Jaqueline dos Santos, moradores de Valentim Gentil, acusado de latrocínio (roubo seguido de morte), contra o jornalista Hélton Souza, ocorrido no dia 27 de fevereiro deste ano. Além dos acusados, foram ouvidas as testemunhas de defesa e acusação.
Embora o juiz Reinaldo Moura de Souza, da 2ª Vara do Fórum de Votuporanga, já tenha ouvido o casal, a sentença sairá apenas em setembro.
O juiz aguardará o retorno de depoimentos através de cartas precatórias expedidas em Fernandópolis e Macaubal para que possa sentenciar o caso.
De acordo com o promotor de Justiça João Alberto Pereira, responsável pelo caso, a denúncia é apresentada como latrocínio. “O réu é confesso e a pena para este tipo de crime pode chegar até 30 anos de prisão. Ele matou com requintes de crueldade, e, por isso, peço a pena máxima”, disse o promotor João.
O advogado de defesa do casal, Gesus Grecco, afirmou que Vanessa, que está grávida, não teve participação no crime, e apresentou a tese de homicídio preterdoloso (lesão corporal seguida de morte). “As testemunhas de defesa confirmaram que Vanessa, na data do crime, estava dentro de casa”, disse Gesus.
Em interrogatório, Adriano confirmou que os dois foram até um galpão no recinto de exposições de Valentim Gentil e começaram a trocar carícias; entretanto Hélton teria ficado nervoso após Adriano pedir para terminar o encontro.
Ainda segundo o depoimento do acusado, os dois iniciaram uma briga, quando Adriano enforcou o jornalista com o braço e, posteriormente, com a camisa da própria vítima, uma vez que Helton queria ter uma relação sexual com o mesmo em troca de anabolizantes, e o acusado aceitou praticar o ato sexual.
Segundo a versão do advogado, Adriano deu uma gravata em Hélton sabendo que ele poderia desmaiar, mas não imaginando que fosse matá-lo. “Até então não tinha essa consciência que ele tinha matado, momento em que pegou o carro da vítima pensando em formar um álibi de que alguém teria assaltado o jornalista. Ele pegou celulares e outros objetos e os levou para casa apenas para sustentar o álibi. Se for condenado por latrocínio, vamos apelar para o caso voltar a ser julgado como júri popular, com tese de homicídio, que a sentença é de seis a vinte anos”, finalizou o advogado.
O acusado retornou ao CDP – Centro de Detenção Provisória -, de Riolândia e a mulher para Penitenciária Feminina de Tupi Paulista, onde permanecerão presos até a sentença. Diário Web