Artesã de Aparecida do Bonito se destaca com peças feitas em cabaças

Publicado em 9/08/2014 00:08

Ela planta, colhe, prepara e pinta cada item decorativo

Por Daniela Trombeta Dias

10 sandra artesanatoO artesanato para muitos é algo para ganhar dinheiro, para outros é realizado para aliviar o estresse e até ajudar em tratamentos de saúde. Para a artesã Sandra Vicente Faria, de Aparecida do Bonito, distrito de Santa Rita D’Oeste, os motivos também foram os citados acima.
“Eu sempre trabalhei na roça e conheci o artesanato há quinze anos, quando vi na TV uma mulher fazendo artigos com jornal reciclado. Eu me interessei e quando minha irmã comprou uma peça, peguei emprestado e comecei a fazer”, disse.
Daí em diante, ela contou que apesar de nunca ter feito curso, aprendeu a fazer artesanato com jornal, biscuit, papelão, garrafas pet e também em cabaças.
“Uma vez fui comprar uma revista de artesanato em biscuit e vi uma de como trabalhar com cabaça e a comprei. Também gostei e peguei algumas cabaças de um tio meu e comecei a usar a criatividade”, explicou.
Sandra contou que o artesanato também foi uma válvula de escape ao descobrir que estava com vitiligo. “O artesanato me ajuda muito e assim fico menos ansiosa”.
Atualmente Sandra, que conta com o apoio do marido, relatou que atualmente planta as cabaças. “Plantamos e colhemos no sítio, mas também ganho muitas e, se são diferentes, eu pego a semente e planto. As cabaças são colhidas apenas uma vez ao ano. Este mês é época de plantar, portanto vou começar a colher em janeiro ou fevereiro do ano que vem”.
Mesmo fazendo artesanato de diversas formas, as cabaças as quais ela planta, colhe e transforma em peças de decoração, são o que mais chama a atenção no ateliê da artesã. “Não é muito simples mexer com a cabaça, pois se não realizar o procedimento correto, como lavar e secar bem, assim como tirar imperfeições com a lixa e passar veneno dentro para não dar cupim ou embolorar, posso perder a peça depois de um tempo”.
Muitas vezes, ela relatou que é preciso passar mais de uma demão de tinta para que as peças fiquem perfeitas. “Depois eu pinto e uso a criatividade para fazer as roupas, rosto, e coloco ainda acessórios, como chapéu. Dependendo da peça, faço em um dia”, disse ela.
Sandra disse que vende as peças em casa e em estabelecimentos de Santa Fé. “Eu recebo muitos turistas que ficam sabendo e vêm comprar. Também faço por encomendas e recebo muitos elogios, os quais atribuo ao prazer que sinto ao confeccionar cada peça, pois coloco amor no que faço”, finalizou.

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