Por CAMILA DURAN

Publicado em 8/08/2014 23:08

Recebo muitas queixas sobre esse assunto: alimentação das crianças.
Numa época de industrialização de alimentos fica realmente difícil adequar à alimentação dos pequenos.
Outro problema é que, quando você vai ao mercado, a competição é entre você e todo o marketing de venda dos produtos não tão saudáveis: você compra um chocolate e ganha um brinquedo, tem a bolacha do personagem favorito, o refrigerante da propaganda irresistível e tantas outras coisas.
Sem contar que hoje nós trabalhamos feito loucos e perdemos o precioso tempo ao lado dos pequenos.
Eu sei, eu sei, todo mundo precisa trabalhar porque têm contas e outros compromissos, eu sei.
Sei também que hoje nós trabalhamos mais para podermos gastar mais. A nossa sociedade é extremamente consumista.
Por isso, não é diferente com a alimentação: nós precisamos comer cada vez mais, consumir tudo.
Então, o primeiro passo é tentar observar se você come ou consome, mata a fome ou a ansiedade, alimenta-se ou preenche o vazio deixado por outras coisas.
Observar isso no seu filho é fundamental.
As crianças, em algumas fases comem menos e em outras comem mais, isso próprio do crescimento e desenvolvimento, contudo, deve-se identificar o motivo de comer e se o ganho de peso está exagerado ou não.
Minha filha está com os níveis de colesterol e triglicérides elevados.
Foi um susto quando abri os exames. Refeita, comecei a pensar as razões pelas quais isso pode acontecer, já que ela não come mal.
Pensando em genética, ela tem antecedentes. Considerando a atividade física, podemos melhorar.
Pensando em fase de crescimento, o período dos 6 para os 7 anos provoca realmente um maior ganho de peso acompanhado de crescimento, porém, eu também percebo que, às vezes, ela tem ansiedade e não fome, neste caso ela precisa da minha atenção e não de um chocolate. Então, agora eu mudei, vamos brincar mais e colocar a atenção no foco do problema e não desviá-la para a comida.
Perceber isso é essencial, a criança está formando os hábitos que levará para o resto da vida. Comer tem que ser por prazer e não por alívio.
Além disso, as crianças são nossos espelhos, não adianta querer que seu filho coma bem se você come mal. O exemplo é a melhor estratégia.
Mas, o mais importante é valorizar o que se deve comer e não o que é proibido. A alimentação da criança deve conter todos os alimentos saudáveis, mas também precisa ter o que ela gosta na quantidade adequada.
Planejar os hábitos alimentares nesta fase é essencial para a saúde, bem estar físico e emocional e qualidade de vida.
Peça ajuda se seu filho come mal.

Uma vida saudável começa pela alimentação!
Consulte um nutricionista!

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