Artista multifacetado de Santa Fé irá expor suas obras na Assembleia Legislativa

Publicado em 8/04/2017 00:04

Por Lelo Sampaio e Silva

f2A partir da próxima segunda-feira, dia 10, até o dia 28 deste mês, o artista plástico Zeca Duran fará sua primeira exposição de parte de seus trabalhos no Salão Nobre da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, em São Paulo.
Segundo o artista, a ideia surgiu do renomado artista plástico Adelio Sarro, também pintor e escultor. “A proposta do Adelio, que hoje é meu mestre, foi a de justamente mostrar ao grande público as minhas obras. Entretanto, como não poderei levar todas, estarão expostas telas pintadas que eu as delimito em grupos, como ‘O Conjunto Arquitetônico de Santa Fé’, ‘Os bichos da nossa Terra’, ‘Críticas a Sociedade’, o ‘Simbolismo’, que trata das fraternidades, e o ‘Abstrato’. Levei também uma escultura para que as pessoas tenham uma noção do acabamento das minhas obras”, disse ele.
Zeca Duran explicou que o artista Adelio Sarro foi o grande incentivador de seu trabalho, haja vista ter proposto que ele criasse uma coleção de obras que mostrasse sua essência e conhecimento sobre arte, daí a ideia da exposição.
O artista trabalha com geometria, simbolismos, cores, formas e movimento, sempre mostrando o trabalhador da nossa região, e, com maestria, é capaz de encher os olhos do público, tamanha a beleza de suas obras, numa mistura de cores, desenhos fortes, misturados em uma delícia pictórica, visual e extremamente artística.
Em Santa Fé, dentre suas diversas obras, estão dois painéis pintados no anfiteatro do Campus II da Funec. Trabalho que segundo o pintor trata da liberdade pelo conhecimento, onde Marianne de Delacroix, ao invés de segurar uma tocha, segura um livro como uma ferramenta que ilumina a humanidade, com referência aos prêmios Nobel da Paz e da Ciência que surgiram de pessoas pobres que, através do conhecimento, emanciparam a humanidade a um novo grau de desenvolvimento, como Albert Einstein, Madre Teresa de Calcutá, Mahatma Gandhi, dentre outros. “As páginas desse livro voam em direção a um sol, que, no caso, me referi a Funec, com seus principais cursos, mostrando o poder do conhecimento”, disse.
“Minha intenção com este trabalho será a de mostrar uma arte extremamente sutil, e a forma como nossa vida é, muitas vezes, utópica, o que gostaríamos que tivéssemos na nossa sociedade como modelo de perfeição para a harmonia entre o ambiente e o homem”, explicou Zeca Duran.
“Minha obra se utiliza de várias linguagens e, quando digo várias linguagens, eu estou dizendo que o trabalho com ferro, com madeira, com vidro, com cimento, com argila, ou seja, qualquer coisa passa a ser suficiente para que eu possa, digamos, ‘inventar arte’”, relatou.
Inquieto e sempre buscando a beleza através da delicadeza e sutileza de seus trabalhos, tudo é capaz de virar arte diante dos olhos do artista Zeca Duran.
Trajetória
Zeca Duran nasceu em São Paulo, em 1978. Na capital era DJ. Mudou-se para Santa Fé do Sul em 1996 e, por algum tempo trabalhou também como DJ.
O artista relatou que sempre se sentiu um verdadeiro artista, embora tivesse tentado ser engenheiro, chegando até a fazer um ano do curso de Engenharia.
“Costumo dizer que a arte grita na alma de qualquer artista, ele ordena e flui de maneira incontrolável. Esta exposição será uma série de várias que pretendo fazer pelo mundo”, finalizou o artista.

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