Com Ordem de Despejo, moradora que invadiu casa pede ajuda
“Minha última saída será montar uma barraca em algum lote da Prefeitura
Por Daniela Trombeta Dias
Em julho do ano passado o caso da moradora de Santa Fé, Pâmela Juliana Rita Gonçalves, de 26 anos, foi destaque em toda a região. Ela, que é casada com Diogo Henrique Gomes e mãe de um menino de 10 anos e uma menina de 8 anos, mudou-se para uma casa no Residencial Brasília, porém a casa não pertence a família e sequer é alugada.
Na ocasião, ela contou à reportagem de O Jornal que não tinha onde morar, por isso invadiu o imóvel que, segundo a mesma, estava abandonado. “Eu estava na rua com meus filhos e fiquei sabendo da casa, pois conheço o proprietário da mesma e sei que ele não estava ocupando-a, e foi por isso que resolvi invadir a casa, pois eu não tinha condições de alugar uma casa, já que o aluguel em Santa Fé é muito caro e eu estava desesperada”, relatou.
Nesta semana, Pâmela, que ainda ocupa a casa, foi informada por um oficial de justiça que deverá sair da residência até a próxima terça-feira, 10. “Se eu não desocupar o local, eles irão me tirar com escolta policial. Eu não tenho onde morar e o aluguel em Santa Fé é muito caro. Até hoje, há muitas casas aqui no Residencial que nunca foram ocupadas e nem passadas para suplentes, pelo contrário, estão abandonadas e o mato cresce em volta”, disse ela.
Pâmela contou que precisará da ajuda da Prefeitura para alugar uma casa. “Meu marido estava desempregado e começou a trabalhar na última semana, mas, mesmo assim, só podemos pagar até R$ 450,00, e, por isso, precisamos de ajuda”, enfatizou.
A Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Santa Fé informou que a Secretaria e Ação Social, antes de Pâmela invadir a residência, já estava disponível para ajuda-la; porém, o auxílio financeiro para o pagamento do aluguel, que pode variar de um a seis meses, é disponibilizado de acordo com cada caso, e que Pâmela deve procurar o setor de Ação Social para outras informações.
Já Pâmela contou que a assistência social da Prefeitura sabe de sua situação e entrou em contato com a Secretaria, porém a secretária Wilma Rossafa está de férias. “Toda a vez que fui pedir ajuda, não consegui. Minha última saída será montar uma barraca em algum lote da Prefeitura, pois não tenho como pagar um aluguel caro”, relatou.
Ela disse ainda que tem uma audiência marcada para abril para tratar sobre o caso. “O problema é que a ordem de despejo chegou antes, e, agora, não tenho para onde ir. Quero pedir para o juiz responsável pelo despejo que tenha compaixão de mim e das minhas crianças”, finalizou ela.