Comerciantes reclamam: “Dezembro não é época de quebrar nada no centro da cidade”
Por Lelo Sampaio e Silva
Comerciantes protestaram contra a interdição do cruzamento da rua 9 com a Avenida Navarro de Andrade logo no 5º dia útil do mês, época de pagamento de salário em que as vendas aumentam.
“Não é hora de fazer obras no centro comercial da cidade”, reclamou Norio Kobayashi, presidente da ACE e Sincomercio.
“É um absurdo quebrar calçadas, bancos, floreiras, asfalto, no final de ano, quando a cidade recebe tantos turistas”, explicou Norio.
O presidente lembra que dezembro é o mês mais esperado para os comerciantes, pois é a esperança de recuperar as vendas com as festas de final de ano. Os turistas que se encantam com a beleza da cidade e não querem ver obras em andamento.
Em entrevista a O Jornal, o presidente da ACE relatou que estava chegando de São Paulo, onde participou de uma reunião na Fecomercio com o prefeito eleito de São Paulo, João Doria, quando foi surpreendido com vários telefonemas de comerciantes inconformados com a interdição da Avenida Navarro de Andrade por conta das obras da Prefeitura.
Segundo o representante do comércio, ele ligou imediatamente para o secretário de Obras e solicitou firmemente que paralisassem as obras até o final do ano, ou que realizassem durante a noite, antes do comercio abrir, mas, infelizmente, no dia seguinte, na quarta feira passada, dia 7, a avenida foi novamente interditada para o prosseguimento das obras.
Perguntado sobre os prejuízos para o comércio, Norio respondeu dizendo que “só o comerciante sabe o que é perder um dia de venda, além do prejuízo coletivo do investimento que a própria Prefeitura faz para deixar a cidade bonita e depois quebrar e atrapalhar o comércio”.
Questionado se o prefeito sabia do problema, Norio disse que tentou ligar para o mesmo, que respondeu que não podia falar, pois estava numa festa de formatura.
De acordo com Norio Kobayashi, até o fechamento desta edição o prefeito não havia retornado a ligação.