Diretor da escola Itael de Mattos fala sobre a reforma do Ensino Médio

Publicado em 4/02/2017 00:02

Por Vinicius da Costa

O Ensino Médio, no Brasil, vai passar por uma reformulação para reforçar e melhorar a qualidade da educação. Ao longo dos próximos dois anos, o governo federal vai investir R$ 1,5 bilhão para tornar escolas com período integral.
Em entrevista a O Jornal, o diretor da Escola Estadual Professor Itael de Mattos, Amauri Bassetto, disse que pela programação do Ministério da Educação, a mudança começará a partir do primeiro semestre deste ano e até o fim de 2018, a meta é ter 500 mil jovens em escolas de tempo integral. Mais do que o tempo maior, o objetivo é ajudar o estudante a se desenvolver mais plenamente.
“Para a mudança ocorrer, as secretarias estaduais de Educação deverão indicar um número de escolas para participar do programa. Cada unidade que aderir ao projeto vai receber R$ 2 mil por aluno ao ano. A mudança será feita por meio de Medida Provisória. O texto diz que as disciplinas da base comum continuam a existir, mas a grade será definida pela Secretaria de Educação do Estado”, disse.
A carga horária mínima anual, de 800 horas, será gradualmente ampliada para 1400 horas. O PNE – Plano Nacional de Educação – prevê para 2024 até 50% das escolas atendidas pelo ensino integral e 25% das matrículas no Ensino Fundamental dentro do mesmo modelo. “Com as mudanças, o currículo do Ensino Médio vai ser dividido em dois, uma parte com disciplinas fixas obrigatórias e outra com optativas, nas quais o aluno poderá construir uma grade adequada ao seu perfil e seu próprio projeto de futuro”, afirmou o diretor.
Além disso o currículo básico não poderá superar 1200 horas por ano, e a parte optativa será associada ao contexto histórico, econômico, social, ambiental e cultural de cada região. Esse modelo dará mais autonomia para os Estados, que poderão criar seus próprios currículos e políticas para o Ensino Médio.
“Outra novidade é que o novo ensino médio vai ofertar formação técnica profissional, com aulas teóricas e práticas. Essa qualificação técnica vai ocorrer dentro do período normal, sem a necessidade de que o aluno esteja no ensino integral e quando o aluno concluir uma disciplina no Ensino Médio, ele terá adquirido um número específico de créditos. Esses créditos poderão ser usados quando ele chegar ao ensino superior, ou seja, ao entrar na Universidade ou no Ensino Técnico, poderá aproveitar disciplinas que já cursou”, disse.
Amauri afirmou que caso esse ensino médio venha a fazer parte das diretorias de ensino a Escola Itael de Mattos incorporará este método. “Creio que isso beneficiará os alunos pois eles já saírão preparados para o mercado técnico sendo que já terão alguns cursos técnicos em seus currículos”, enfatizou o diretor da Escola Estadual Professor Itael de Mattos, Amauri Bassetto.

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