Diretor técnico da Santa Casa rebate críticas sobre o funcionamento da entidade
Por Vinicius da Costa
A Santa Casa de Misericórdia de Santa Fé do Sul foi fundada em 1968, com cerca de 47 anos de história, realizando vários tipos de atendimentos médicos e emergenciais.
Em entrevista a O Jornal, o diretor técnico da entidade, Luís Cesar Rodrigues, afirmou que a Santa Casa hoje possui 51 leitos do SUS – Sistema Único de Saúde –, que correspondem com cerca de 70 % dos atendimentos que a entidade realiza. Aproximadamente 300 pessoas são atendidas mensalmente, são realizados mais de 15 mil atendimentos laboratoriais, como exames e pequenas cirurgias. Já a ala particular possui 25 leitos e é responsável pelos outros 30% dos atendimentos da Santa Casa”, disse Luís Cesar.
“Hoje possuímos cerca de 50 médicos na Santa Casa em diversas especialidades, como Ginicologia, Obstetrícia, Pediatria Neonatologia, Cardiologia, Cirurgia Geral, Clinica Médica e Ortopedia, isso para o atendimento pelo SUS; já para aquelas pessoas que possuem convênio elas podem contar com essas especialidades e ainda com Otorrinolaringologia, Vascular e Urologista”, disse Luiz Cesar.
Ao ser questionado sobre que algumas especialidades ainda não possuem na Santa Casa, ele afirmou que as portas da entidade estão abertas para novos profissionais. “Estamos em processo de negociação para que os oftalmologistas voltem a realizar algumas cirurgias aqui na entidade. Infelizmente isto é um processo demorado, pois exige planejamento, mas já estamos nos movendo para poder trazer mais esta especialidade” relatou.
Ele ainda disse que a Santa Casa de Misericórdia recebe R$ 5 mil de recursos dos munícipios de Santa Rita D’Oeste, Três Fronteiras, Nova Canaã Paulista, Rubineia e Santa Clara D’Oeste, e R$ 100 mil de Santa Fé do Sul.
“Estes valores doados são um acordo feito entre a Santa Casa e todas essas prefeituras, sendo de suma importância a doação feita por eles, pois atendemos pessoas de todas essas cidades, mas infelizmente estes números não suprem a demanda da entidade, pois a Santa Casa hoje possui um prejuízo de R$ 180 mil por mês, e mesmo contendo atendimentos particulares e os convênios, os atendimentos via SUS acabam superando, sendo que o Sistema Único têm cerca de 70 % dos atendimentos da Santa Casa, contra 30% particulares. O grande problema é que o SUS não realiza um aumento no valor de seus repasses já há 12 anos para as Santas Casas. Creio eu que qualquer instituição que não tenha um repasse feito de forma correta fique penalizada, pois os preços de medicamentos, folha salarial, água, luz e equipamentos sempre estão em aumento, e, com este pequeno repasse, acaba dificultando o trabalho da instituição”, esclareceu diretor técnico.
Sobre as várias críticas que a Santa Casa vem recebendo sobre seu atendimento durante alguns meses Luís César enfatizou que a Santa Casa Misericórdia de Santa Fé do Sul, mesmo com todas as dificuldades, está entre as melhores da região.
“Estamos trabalhando para que todos os pacientes tenham um melhor atendimento aqui nesta entidade, pois estamos realizando a reforma de todos os leitos, além de reformas das camas, instalação de aparelhos de ar condicionado e televisores em todos os quartos, bem como fazendo a aquisição de poltronas para os acompanhantes. Outra medida que tomamos é que estamos abrindo as portas da entidade para visitações, pois todo aquele que desejar conhecer os trabalhos realizados aqui, e observar como está a estrutura e o funcionamento da entidade, será bem vindo e, bem recebido,” disse o diretor técnico da Santa Casa de Misericórdia, Luiz Cesar Rodrigues.