Falece, aos 89 anos, o oftalmologista Helvécio Botelho Siqueira

Publicado em 2/06/2023 00:06

Faleceu na madrugada da última quarta-feira (31), mais precisamente à 1h20, na Beneficência Portuguesa de São José do Rio Preto, o oftalmologista Helvécio Botelho Siqueira.
O Jornal conversou com seu filho, o renomado retinólogo Rubens Siqueira, que explicou que seu pai havia sido diagnosticado há pouco tempo com leucemia.
Mediante sua patologia, começou a ser tratado na Beneficência Portuguesa de Rio Preto, estava fazendo transfusão de sangue e tomando os medicamentos quimioterápicos.
No início da semana ele teve que ser levado para a UTI, seu quadro piorou, tendo um problema pulmonar, culminando em uma infecção generalizada, o que o levou ao óbito.
Seu corpo foi trasladado a Santa Fé do Sul, o velório aconteceu a partir do meio dia e sepultado no mesmo dia no Cemitério São João Batista I.
No ano passado, a Santa Casa de Misericórdia de Santa Fé do Sul prestou uma bela homenagem ao oftalmologista, que completaria 90 anos em novembro próximo.
Ele, que chegou a Santa Fé do Sul em 25 de outubro de 1959 para atuar na antiga “Casa de Saúde”, viu nascer a Santa Casa de Misericórdia de Santa Fé do Sul, em 1966, e se tornou o segundo provedor do hospital, em 1967, sucedendo o saudoso Jerônimo de Paula.
Dr. Helvécio foi provedor da Santa Casa em 1967, fundador do Rotary Club e governador no Clube de Serviço, dentre tantas outras atuações em Santa Fé do Sul.
Em sua página do Facebook seu filho deixou a seguinte mensagem: Um homem que descobriu seu lugar (o filósofo Aristoteles criou o termo eudaimonia que entre outras coisas significa o lugar em que temos o sentido da vida e a felicidade).
Talvez o que resumiria a vida de meu pai seria o amor à profissão de médico.
Meu pai trabalhou como médico até o ano que completaria 90 anos, quando foi surpreendido por uma doença grave que o levou.
Até 15 dias antes estava no consultório, “seu lugar”, em plena atividade.
Com seu celular na UTI em que estava internado, pesquisava sobre sua doença e possíveis terapias, discutia e dava sugestões aos médicos plantonistas sobre seu próprio tratamento.
Seu último paciente foi ele mesmo.
Entregue a uma leucemia incurável para a idade dele, manteve a esperança como paciente e também como médico de si mesmo.
Não tenho dúvida que deixou um grande legado para a medicina e um exemplo para as novas gerações.
Uma vida dedicada aos pacientes.
Trabalhava muito e ao mesmo tempo sentia-se de férias, pois seu consultório era muito mais que seu lugar de trabalho, era seu paraíso.
Não tenho dúvida que continuaremos juntos.
Porque o amor que faz parte do próprio Deus nunca se acaba e é a nossa ligação infinita uns com os outros.
Gratidão, gratidão

Última Edição