Fernandopolense, Galã do Tinder, é condenado a quatro anos e seis meses de prisão

Publicado em 17/02/2023 00:02

A Justiça de São Bernardo do Campo, ABC Paulista, condenou no domingo (12) a quatro anos e seis meses de prisão por estelionato o fernandopolense Renan Augusto Gomes, conhecido como Galã do Tinder. Ele foi preso depois de ser acusado de aplicar um golpe que deu prejuízo de R$ 150 mil a uma mulher na cidade. A vítima havia conhecido o golpista por um aplicativo de relacionamentos.
Renan irá cumprir a pena em regime fechado. Este tipo de crime poderia variar de um a cinco anos de detenção, segundo o Código Penal.
Uma das testemunhas do caso perdeu R$ 500 mil para o golpista e foi identificada depois da repercussão do crime.
Outros alvos
Renan foi preso pela Polícia Civil no dia 21 de setembro, em São Paulo, depois de tentar fugir com um carro importado.
A perseguição foi filmada por câmeras da viatura policial, outra de segurança e pelo celular de uma testemunha. As imagens gravaram o momento que o carro dele bateu em três veículos e depois parou. O homem foi detido depois pela Delegacia Especializada em Investigações Criminais (Deic) de São Bernardo.
Após a prisão de Renan, ao menos cinco novos inquéritos foram abertos. Várias mulheres procuraram a polícia e o Ministério Público e disseram terem sido vítimas. Os casos são investigados. Entre elas está a mulher que teve prejuízo de R$ 500 mil, outra falou que gastou R$ 15 mil com o homem e mais uma disse que perdeu R$ 8 mil com ele.
Uma mulher de São Paulo guardou por 10 anos alguns prints de ameaças. Ela o conheceu pela internet em 2011, quando os dois moravam em São José do Rio Preto.
Como eram os golpes
Para se aproximar das vítimas e enganá-las, Renan dizia que era filho de alemães e tinha perdido os pais em um acidente no interior paulista, segundo a investigação da Polícia Civil e a promotora de Justiça Erika Pucci
Para tirar valores, ele pedia empréstimos bancários ou em dinheiro vivo para ajudá-lo a abrir ou manter uma suposta empresa, que nunca existiu.
Segundo a polícia, Renan tinha diversos perfis em redes de relacionamento, entre eles o Tinder, Inner, Happn, Lovoo, e se identificava como Augusto Keller.
Com o tempo de relacionamento, ele passava a pedir dinheiro emprestado alegando problemas com a receita ou com os bancos, e depois desaparecia deixando as vítimas com dívidas. Estado de São Paulo/g1.

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