Garoto João Pedro encontra-se internado e campanha para encontrar um doador continua
Em Santa Fé, nova campanha para cadastro de medula óssea deve acontecer em breve
O menino está internado no Hospital de Base de Rio Preto desde fevereiro
Por Daniela Trombeta Dias
Em Santa Fé, em março do ano passado, foi realizada a campanha “Seja um Herói, Salve Vidas”, quando, durante três dias, uma equipe do Hemocentro de Fernandópolis realizou o cadastro de doadores de medula óssea. No total, 433 pessoas fizeram os cadastros no campus II da Funec e na 1ª Igreja Batista de Santa Fé.
A campanha foi realizada em prol ao garoto João Pedro, de 7 anos, que mora em Fernandópolis. Seus pais, Cláudio José dos Santos Azevedo e Luciana Moreira Azevedo, assim como o próprio garoto e sua irmã Ingrid, de 5 anos, estiveram presentes nos locais das campanhas, e, em todos os dias, o João Pedro interagiu com os presentes, sensibilizando a todos.
Em fevereiro deste ano, apesar de estar realizando tratamento, o menino não passou bem e teve que ser internado novamente, e até hoje encontra-se no Hospital da Criança em Rio Preto, onde permanece em tratamento, tendo, inclusive, que receber bolsas de sangue B-positivo.
João Pedro tem precisado de sangue praticamente todos os meses e, por isso, familiares e amigos se mobilizam através da internet para pedir que doadores compareçam ao Hemocentro para doar sangue, assim como para fazer o cadastro para ser um possível doador de medula óssea.
O pai do garoto está desempregado e, por isso, amigos realizam eventos, como uma quermesse, que será realizada hoje, 7, no Residencial Nova Canaã, em Fernandópolis, cuja verba será usada para custear os gastos da família com viagens, alimentação e estadia. O tratamento, por sua vez, é custeado pelo SUS.
A história do menino
Cláudio José dos Santos Azevedo, pai de João Pedro, contou que em julho de 2009 o menino foi diagnosticado e passou por seis meses fazendo quimioterapia. “Depois disso, ficou em manutenção, que é quando toma uma medicação via oral e toma injeções aleatórias. Assim, ele permaneceu por 24 meses. Em fevereiro de 2012, terminou o procedimento e ficou por oito meses sem medicação. Mas, em outubro de 2012, teve uma recaída e, após exames, foi comprovado que a leucemia havia voltado”, contou Claudio.
Depois disso, João Pedro passou por mais seis meses de quimioterapia. “Ele precisa fazer o transplante de medula; por isso, organizamos campanhas nas cidades, faço palestras dando esclarecimentos em faculdades e empresas ou onde precisar. Faço isso para salvar o meu filho dessa doença”, afirmou ele.
Pouco antes de o menino ser diagnosticado, em maio de 2009, a mãe descobriu que estava grávida da pequena Ingrid Moreira Azevedo. “Na época, fomos encaminhados pela doutora Brigida Reis para o Hemocentro de Rio Preto, para que, no parto da nenê, o sangue do cordão umbilical pudesse ser colhido, sendo esta uma das formas de curar a leucemia”, explicou.
Porém, a compatibilidade da irmã com João Pedro foi de apenas de 76%. Ele tem leucemia, mas não o que causa a doença, ou seja, não é algo hereditário, mas uma mutação de célula.
Quem já fez o cadastro uma vez não precisará refazê-lo, uma vez que seus dados ficam registrados no Redome até que o indivíduo complete 54 anos de idade.
Para fazer o cadastro, basta levar um documento oficial com foto e o cartão do SUS – Sistema Único de Saúde –. Caso a pessoa não possua o cartão, o mesmo pode ser feito na hora.
O Hemocentro de Fernandópolis fica aberto as segundas, terças, quintas e sextas-feiras, das 7:30 às 18:30 horas; as quintas-feiras, das 7:30 às 20:00 horas; e aos sábados, das 8:00 às 12:00 horas, exceto feriados.