Jovem que engoliu tampinha de caneta a expele após nove anos
Após pneumonia repetitiva e tratamento de fisioterapia respiratória,
ele teve uma crise de tosse e expeliu o objeto
Por Daniela Trombeta Dias
Um jovem de 24 anos, morador de Santa Fé, expeliu, após 9 anos, uma tampinha traseira de caneta. Renan Dias Moreira contou que quando era criança brincava com uma caneta quando tirou com a boca a tampinha traseira de uma caneta. “A tampinha pegou pressão na minha língua e eu acabei engolindo. Contei para minha mãe e ela achou que, como era bem pequena, que sairia através das fezes, e, então acabamos esquecendo o assunto”, contou ele.
Renan foi internado há cerca de um mês com pneumonia nos dois pulmões e, após o tratamento no hospital, começou a fazer fisioterapia respiratória para retirar o catarro dos pulmões. “No domingo passado, estava na casa da minha avó quando me deu uma crise de tosse e percebi quando saiu algo. Na hora achei que fosse um dente e, quando procurei no chão, encontrei a tampinha que estava envolta em secreção. Na época, lembro-me que a cor da mesma era azul, mas agora ela está preta”, relatou ele.
Para finalizar, ele contou que não imaginou que não tivesse expelido a tampinha. “Eu já tinha até esquecido, mas quando a cuspi durante a crise de tosse imediatamente me lembrei do caso e fique até muito assustado com a situação”.
A reportagem falou com o fisioterapeuta Célio Anderson Silva Junior, que realiza o tratamento de fisioterapia respiratória no jovem Renan, e ele explicou melhor o fato acontecido.
Segundo Célio, o caso chama a atenção, pois ele expeliu um objeto estranho nove anos após broncoaspirar-lo. “Com a fisioterapia respiratória, provavelmente essa tampinha se deslocou, e, com a crise de tosse, foi possível que ela saísse do corpo dele”, explicou ele.
Disse ainda que quando uma pessoa aspira um objeto, a situação pode ficar muito grave, e que Renan teve sorte. “Um corpo estranho dentro de nós pode causar uma pneumonia aspirativa e até provocar a morte por sufocamento. No caso do Renan, com as técnicas e manobras de fisioterapia e respiração e com o uso do aparelho fluetter, que faz vibrar o pulmão para despregar secreções, a tampinha se soltou e pode ser expelida”, explicou Célio.
O fisioterapeuta relatou ainda que a tampinha pode ter causado a pneumonia do jovem. “Ele teve pneumonia bilateral, ou seja, nos dois pulmões, e já vinha sofrendo de pneumonia repetitiva, e, diante disso, deduzimos que as células de defesa do corpo tentavam eliminar o objeto e não conseguiam, e o mesmo ficava inflamando, causando a doença”, finalizou.