Moradora de Santa Fé completa hoje 100 anos de vida
Por Lelo Sampaio e Silva
Viver um século? Completar cem anos de vida? É possível, ao menos para a moradora de Santa Fé do Sul Yolanda Zuliani Gardelin.
A centenária senhora nasceu em 29 de outubro de 1916 na cidade de Itápolis, São Paulo, na Fazenda Santa Maria, filha de Amadeu Zuliani e Tereza Culturato Zuliani, filhos de imigrantes italianos.
Aos 21 anos, dona Yolanda casou-se com Fioravanti Ângelo Gardelin e teve três filhos, Olivette, que reside em Catanduva, Marco Aurélio, morador de Adamantina, e Eleonice Therezinha. Esta última é a conhecida professora Nicinha Tobal, que veio para Santa Fé do Sul em 1964, assim que se credenciou para exercer a nobre profissão.
Nicinha, como era conhecida a professora filha de Yolanda, trabalhou e se aposentou na amplamente conhecida escola Itael de Matos – Iepim, e, juntamente com outras tradicionais professoras primárias de Santa Fé, como dona Maria Luíza, dona Maria Zilda e dona Tecla, foi responsável pela alfabetização de ao menos quatro gerações de alunos santafessulenses e de toda a região, hoje profissionais espalhados por todo o país.
A senhora centenária ainda teve a felicidade de ter oito netos e 14 bisnetos.
O fato interessante é que a personagem desta história fantástica, que certamente não acontece todo dia, teve 8 irmãos, sendo que atualmente ainda permanecem em vida 3 deles.
Em Santa Fé do Sul residem alguns netos e bisnetos de Yolanda, dentre eles a dentista Ellen Tobal Santana, filha de dona Nicinha Tobal e esposa do advogado e professor da Funec Paulo Santana.
Durante praticamente toda a sua vida, a centenária dona Yolanda viveu na cidade de Itápolis, sendo que no ano de 2009, já necessitando de cuidados, a filha passou a residir em Santa Fé, onde permanece até hoje.
Já com dificuldades consideráveis de comunicação, a vivida senhora foi visitada pela reportagem de O Jornal dizendo que “é importante que as pessoas vivam com intensidade cada momento da vida, mas que tenham a consciência das responsabilidades que os atos inevitavelmente trazem”. Voz da experiência, literalmente!
Eleonice, a filha, diz que “é muito gratificante a possibilidade de ter a mãe vivendo por tanto tempo e qualquer dificuldade nos cuidados e demais vale muito a pena, sobretudo pelo sentimento de dever cumprido com a pessoa que, com o pai, colocou-a no mundo e a encaminhou para a vida”.
Também, Nicinha deixa um conselho, que se confunde com um pedido, para os filhos de pai e/ou mãe com idade avançada: “sob as vistas de Deus, dediquem o tanto que a vida impuser para cuidarem dos seus pais e darem toda a atenção necessária, ainda que isso custe tempo, dinheiro ou paciência”.
A foto que acompanha esta matéria foi tirada no ano de 2015, pouco antes de dona Yolanda completar 99 anos.
Nós, de O Jornal, em tempo e por necessário, deixamos os nossos parabéns à centenária YOLANDA GARDELIN!