Moradores reclamam da forma como é cobrada a corrida realizada pelos moto taxistas

Publicado em 11/03/2017 00:03

Por Vinicius da Costa

8- O moto taxista José Leandro RobertoUtilizar os serviços de moto táxi em Santa Fé do Sul já virou rotina para grande parte da população, pois, além de ser um serviço mais barato, o cliente acaba chegando a seu destino mais rapidamente. Entretanto, existem alguns munícipes que questionam o valor cobrado pelos moto taxistas, além da falta de coletes e o famoso moto taxímetro.
A equipe de reportagem de O Jornal entrou em contato com o representante do Moto Taxi Só II, José Leandro Roberto, que disse que os valores cobrados em Santa Fé são de comum acordo entre todos os pontos de moto taxis. “Cobramos R$ 6,00 por uma corrida dentro da cidade. Já para lugares mais distantes, como os distritos industriais, o Laticínio, ou o Frigorifico, o valor é de R$ 8,00. Para os ranchos localizados no Corredor Almeida Prado e no Parque Ecoturístico das Águas Claras, cobramos R$ 20,00. Agora, para outras cidades, realizamos a cobrança de R$ 1,20 por quilometro, ou seja, se formos até Jales o valor é de aproximadamente R$ 60,00”, disse.
Ao ser questionado sobre como eles realizam essa cobrança, José Leandro disse que o valor é cobrado por cada corrida feita. “Ou seja, se o moto taxista levar o cliente até um local, ele cobra por uma corrida, e, caso ele deseje voltar, é outra corrida”, afirmou o moto taxista.
A lei nº 12.009, de 29 de julho de 2009, dispõe em seu artigo IV que o moto taxista deve estar vestido com colete de segurança dotado de dispositivos retro refletivos, nos termos da regulamentação do Contran. “Esta é uma lei nacional; porém, o município de Santa Fé não possui qualquer lei municipal regulamentando o uso destes equipamentos, e muitos de nós não os utilizamos pelo fato do calor, ou seja, além de usarmos as camisas de mangas longas, se usarmos o colete, o calor fica insuportável, pois o material é feito de borracha”, disse.
Sobre o uso do moto taxímetro, ele afirmou que o aparelho nunca foi usado em Santa Fé do Sul. “Sou moto taxista em Santa Fé há 14 anos e nunca utilizamos este aparelho. Sei que em algumas cidades, como São Paulo ou Campo Grande, os moto taxistas são obrigados a utilizá-lo, mas estes locais dispõem de leis municipais que exigem esta obrigatoriedade. Já Santa Fé do Sul não existe qualquer lei a respeito, e não há qualquer fiscalização a respeito deste aparelho, e tão pouco do uso de algum equipamento. A única exigência é que devemos ser cadastrados na Prefeitura, pagar uma taxa para o município, além de ter o alvará de funcionamento, e a cidade só pode ter no máximo 18 moto taxistas”, esclareceu José Leandro Roberto.
Jales
A reportagem entrou em contato com uma operadora de moto taxistas, que informou que o percurso de até sete quilômetros custa R$ 6,00 e, a partir daí, R$ 1,00 para cada quilômetro extra.
São José do Rio Preto
Em Rio Preto, o valor da corrida é de R$ 6,00 para a grande maioria dos bairros, exceto os locais mais longínquos, cujo valor é de R$ 16,00.
Em Campo Grande
O uso do mototaxímetro passou a ser obrigatório em Campo Grande. No dia 13 de fevereiro, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) assinou decreto que obriga o uso do aparelho em todos os moto táxis da cidade.
O aparelho vai calcular o custo do serviço com base em quilômetros percorridos e permitirá ao usuário a segurança no valor cobrado.
A tarifa deve variar de R$ 1,00 a R$ 1,10 por quilômetro na bandeira 1 e de R$ 1,20 a R$ 1,30 para bandeira 2. A fiscalização ficará por conta da Agência Municipal de Transporte e Trânsito e quem descumprir a lei poderá perder o alvará.
João Carlos Cardoso dos Santos é morador de Santa Fé do Sul, e utiliza os serviços de moto taxi com frequência, Ele afirmou que o correto seria que todos os moto taxistas seguissem uma tabela de preço. “Muitas vezes alguns desses moto taxistas cobram um preço acima do esperado. Penso que eles deveriam ter uma tabela onde todos seguissem um único preço, não penalizando o bolso do cliente ou causando maiores transtornos”, disse.

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