No Dia dos Avós, reportagem entrevista moradora de Santa Fé que tem 29 bisnetos
Dizem que avó é mãe duas vezes; dessa forma, bisavó, é mãe três vezes, e dona Elvira, como é conhecida, é mãe de 5 filhos, tem 14 netos, 29 bisnetos e três que ainda estão por vir, o que totalizará 32 bisnetos
Por Daniela Trombeta Dias
Amanhã, 26, é o Dia dos Avós, e para homenagear todos os avós a reportagem entrevistou a moradora de Santa Fé, a aposentada Elvira Maria Moreira, de 83 anos.
Dizem que avó é mãe duas vezes; dessa forma, bisavó, é mãe três vezes, e dona Elvira, como é conhecida é mãe de 5 filhos, tem 14 netos, 29 bisnetos e três que ainda estão por vir, o que totalizará 32 bisnetos.
Ela, que é viúva de Herculano Dias Moreira, que faleceu há 10 anos, contou que os dois são da Bahia e que vieram para o Estado de São Paulo logo após se casarem. “Nos casamos na cidade de Bonito-BA, mas depois de alguns anos o nome da cidade mudou para Igaporã. Eu era a caçula de 8 irmãos, quatro homens e quatro mulheres. Meu marido já morava no Estado de São Paulo, em Mirandópolis, mas voltou a Bahia por algum tempo, e nos conhecemos em uma festa. Eu tinha 13 anos e sequer pensava em me casar, mas ele se apaixonou e foi falar com minha mãe, que só aceitou o casamento depois de falar comigo”.
Disse ela ainda que nunca imaginou que seria bisavó por tantas vezes. “Até então, eu, que era órfã de pai desde os 4 anos, nunca havia pensado em me casar. Ele já tinha namorado duas irmãs minhas, mas não se interessou em casar com elas. Ele era muito bonito. Com oito dias de casada, viemos para o Estado de São Paulo, moramos 7 anos no córrego do Can Can, onde nasceram os primeiros quatro filhos, todos homens. Sempre trabalhamos na roça e moramos em sítios. Em determinado momento, ficamos 4 meses em Campinas, mas voltamos para Santa Fé. Naquela etapa, meu filho mais velho, o José, já havia se casado, mas nunca imaginei que teria 14 netos e muito menos mais de 30 bisnetos”, relatou ela.
Dona Elvira contou ainda que depois que voltaram de Campinas, o marido começou a trabalhar como saqueiro – profissional que atua no carregamento e descarregamento de cargas e mudanças de todos os tipos –. “Ele foi saqueiro até quando adoeceu com problema em um dos olhos. Na época já havia comprado a casa onde moro até hoje por 22 mil cruzeiros e nosso quinto e último filho, o Valdir, já tinha nascido”.
A avó, chamada carinhosamente de ‘vó virô’ e ‘bisa de virô, tem três filhos que moram em Santa Fé, um em Esmeralda e outro em Inocência. O mais velho nasceu após 1 ano e 8 meses anos de casada. “O filho mais velho, José, teve três filhos, e, desses, tenho 8 bisnetos; o segundo filho, Domingos, também tem três filhos e desses, 4 bisnetos; o terceiro filho, Epaminondas, teve quatro filhos, e desses, tenho 12 bisnetos e um para nascer; o quarto filho, Mário teve dois filhos, sendo que desse já tenho dois bisnetos e dois ainda vão nascer. Já o quinto e último filho Valdir, teve dois filhos, e desses tenho 3 bisnetos”, falou.
Ela disse ainda que teve uma sexta gestação e que a filha nasceu morta, e, como fez uma cesárea, operou para não engravidar mais. “Famílias grandes eram costume antigamente; hoje não é mais, mas é uma alegria receber meus filhos, netos e bisnetos em casa ou ir visita-los. Muitas pessoas não acreditam que tenho 83 anos, pois sou muito ativa e apesar de ter um problema no joelho que me impede de caminhar muito, até hoje, ainda, vou a pé na casa dos filhos e netos que moram aqui em Santa Fé e, sempre que posso, viajo até Inocência para visitar meu filho na fazenda. É uma pena que nunca dá para reunir todos num lugar só, pois sempre acaba faltando um ou outro, mas para mim é um dia feliz quando vejo meus bisnetos brincando todos juntos, e sei que tudo que vivi pela família valeu a pena. Agradeço muito a Deus por me dar saúde para ver essa família grande, e digo aos amigos que os problemas da vida sempre passam, e só vale a pena valorizar o que é bom, e a família é o principal. Desejo que Deus abençoe todas os avós e bisavós”, finalizou ela.