‘Nunca se deve reagir a furtos, roubos ou assaltos’, afirma o delegado de Polícia Charles Wiston de Oliveira

Publicado em 26/07/2024 00:07

Por Lelo Sampaio e Silva

Na semana passada, uma jovem fisioterapeuta de Santa Fé do Sul teve seu celular furtado enquanto saía de seu local de trabalho.
Segundo ela, que relatou os fatos em vídeo feito pelo jornalista Edson Ferreira e publicado na página ‘Edson Ferreira Notícias’, a profissional, ao sair do trabalho e pegar sua motocicleta, teve seu celular furtado do bolso por um homem que passava pela calçada.
Após pegar o celular, o indivíduo tentou fugir, porém a moça pegou a moto e começou a persegui-lo.
Ao perceber o ocorrido, o homem acabou dispensando o objeto do furto em cima de um carro.
Ela conseguiu recuperar o celular e, mesmo assim, passou a perseguir o acusado, juntamente com algumas pessoas que viram os fatos.
Após algum tempo e com a chegada de um policial à paisana, ainda segundo ela, e posteriormente da Guarda Civil Municipal, conseguiram capturar o sujeito, que acabou sendo preso.
Muitos afirmam que ela foi muito “corajosa” ao perseguir o sujeito e, para saber um pouco mais sobre esse tipo de atitude, O Jornal conversou com o delegado da Seccional de Polícia de Jales, Charles Wiston de Oliveira, que explicou não ser aconselhável e sequer prudente perseguir um furtador ou roubador. “A vida vale mais que qualquer bem material. Quase sempre os meliantes estão em mais de um, embora pratiquem sozinho a ação principal e também com algum tipo de arma, seja de fogo ou branca, como faca, canivete, entre outras, as quais podem estar escondidas, ou fora do alcance visual da vítima durante a ação criminosa. Assim, a pessoa vítima pode ter a percepção de que conseguirá seu bem de volta, mas poderá ser atacada pelo criminoso e seus comparsas. Não são raros os casos de pessoas que perdem a vida por causa de aparelhos celulares, por exemplo”, explicou o delegado.
Segundo ele, o melhor a ser feito em casos de furto, de roubo ou de assalto é não reagir e, após a ação criminosa, buscar imediatamente o auxílio policial, ligando para o 190 ou procurando a Polícia Civil, em qualquer delegacia. “Frisamos que todas as cidades de nossa região possuem delegacias de polícia em funcionamento e, caso queira, o crime também pode ser registrado de forma on-line, através do site https://www.delegaciaeletronica.policiacivil.sp.gov.br/ssp-de-cidadao/home. A Polícia Civil irá realizar os devidos trabalhos investigativos”, pontuou.
De acordo com o doutor Charles, no caso citado, a vítima teve a sorte de sair ilesa e com seu bem de volta. Todavia, o procedimento padrão é não reagir, justamente para não ter qualquer tipo de lesão decorrente de um ataque dos criminosos, ou mesmo sofrer uma investida fatal. “Lembremos que o autor do crime conta com a ação preparada e o elemento surpresa a favor, dificultando a resposta imediata, instintiva e efetiva da vítima sem a incidência de riscos”, disse.
“Nossa região conta com policiais, tanto civis quanto militares, e também guardas municipais experientes e que têm amor pela profissão. Dessa forma, reiteramos que os casos devam ser registrados e confiados a estes bravos homens a missão de proteção. A Polícia Civil é a responsável constitucional por investigar fatos criminosos e tal missão será sempre realizada com afinco”, finalizou o delegado de Polícia, de Jales, Charles Wiston de Oliveira.

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