O adeus emocionado a Dona Arlete
Por Lelo Sampaio e Silva
Faleceu na noite de terça-feira, 17, aos 80 anos, a professora aposentada Arlete Miriam Salimon Ribeiro, vítima de falência de múltiplos órgãos.
Dona Arlete, uma pessoa querida, que sempre acolheu os amigos de seus filhos, José Amaral, Miriam e Fernando, teve uma queda no dia 27 do mês passado, fraturando a cabeça do fêmur, embora ainda possa ter havido a possibilidade dela ter quebrado o referido membro, e, por isso, ter caído.
Tão logo após o acidente, ela foi levada pelo Corpo de Bombeiros a UPA, onde foi realizado um exame de Raio X, quando foi constatado ter havido uma fratura no fêmur.
Com a necessidade da colocação de uma prótese, a família iniciou uma busca incansável por vaga em algum hospital em São José do Rio Preto para que a cirurgia pudesse ser realizada.
No entanto, dois dias depois, foi conseguida uma vaga na UTI – Unidade de Terapia Intensiva – do Hospital Austa, e, no dia 30, por volta das 18:00 horas, foi realizada a operação.
Segundo relatos de sua filha Miriam S. Ribeiro, Dona Arlete estava até então boa, conversando normalmente, e saiu da mesa cirúrgica entubada. Na ocasião, os médicos disseram que ela havia contraído uma pneumonia devido ao fato de ter permanecido deitada, em uma única posição, em decorrência da fratura, durante os três dias em que ficou a espera da colocação da prótese.
Ainda de acordo com Miriam, no dia seguinte, a informação dos médicos era de que apresentava um quadro de embolia pulmonar, mas que era muito pequena perante o quadro que apresentava. “Passados alguns dias, minha mãe passou a apresentar um quadro de Sara – Síndrome da Angústia Respiratória Aguda –, agravado por Septicemia (infeção generalizada). Na manhã de seu falecimento, foi constatado que minha mãe teve uma hemorragia interna, quando foi constatada uma úlcera no duodeno, que é a primeira seção do intestino delgado”, disse.
De acordo com o informado, todos os procedimentos necessários foram feitos e o sangramento fora sessado; porém, às 15:00 horas, o sangramento voltou, e, por volta das 21:00 horas, Dona Arlete faleceu.
Seu corpo foi velado e sepultado, no dia 18, no Cemitério São João Batista, em Santa Fé.
O casal
A professora Arlete e o dentista aposentado José do Amaral Ribeiro sempre foram exemplo de dignidade, ética, bondade e amor ao próximo.
Seo José do Amaral Ribeiro, tão logo se formou em Odontologia, em 1959, veio para Santa Fé para exercer sua profissão e ficar perto do irmão, o advogado João Alfredo, mais conhecido como general, que, naquela época, era recém-casado.
Na mesma ocasião, a senhorita Arlete veio para a cidade para dar aulas em Santa Fé e em Santa Rita D’Oeste. Como Seo José do Amaral também trabalhava em Santa Rita, ambos acabaram se conhecendo no ônibus que os levavam para aquela cidade para os seus respectivos trabalhos.
Após três anos de namoro, Dona Arlete e seo José se casaram, no dia 13 de janeiro de 1963, juntamente com os saudosos Dr. Vasco e Dona Elza, tendo os quatro irem passar a Lua de Mel juntos, em Poços de Caldas.
Dona Arlete deixa, além do esposo, três filhos, cinco netos e uma bisneta, além de muita saudade.