O Jornal homenageia todas as mulheres através de Dona Cidinha Campoi

Publicado em 4/03/2016 23:03

Por Lucas Machado

18 Dona Cidinha fala do Dia Internacional da MulherNo próximo dia 8, terça-feira, é celebrado o Dia Internacional da Mulher. A data surgiu nos primeiros anos do século vinte, nos Estados Unidos e na Europa, no contexto das lutas femininas por melhores condições de vida e trabalho, bem como pelo direito de voto.
Para celebrar a data e homenagear as mulheres de Santa Fé, a reportagem de O Jornal entrevistou a santafessulense de coração, Maria Aparecida Sanches Campoi, que reside na cidade há 44 anos.
Cidinha, como é conhecida, conta que nasceu em 1945, em Birigui, e se casou em 1968, com Juvenal Campoi (in memorian), que faleceu em 2008.
“Meu marido era viajante de uma empresa de implementos agrícolas, e trabalhava naquela região até Aparecida do Taboado. Depois, ele notou que Santa Fé era uma cidade que tinha progresso na lavoura, saiu da empresa e abriu a Agrossul em Santa Fé. Viemos para cá em 1972. Meus filhos, eu e meu marido sempre gostamos muito de Santa Fé, de coração, como se fosse nossa cidade natal”, contou ela.
Mãe de Luis Fernando e Marcos, Cidinha, que foi professora primária e pedagoga, faz o papel de mãe, pai, e avó, pois tem dois netos. Ela conta que antigamente as mulheres eram mais submissas. “Não tínhamos acesso à sociedade, à política. Depois de uns anos é quae tivemos essa abertura. Não tínhamos a permissão para nos expormos tanto, nossas opiniões, por exemplo. Participei e hoje participo menos das atividades da sociedade. Como mãe e avó, vejo que tudo está muito diferente. Criamos os filhos, naquela época, de uma outra maneira, e, hoje os netos são muito evoluídos. Não sei dizer o que é que os desenvolve tanto. Hoje, como professora, eu não me adaptaria”, relatou.
Cidinha conta que quando chegou a Santa Fé foi professora no bairro do Retiro, e depois na escola Marina de Oliveira, onde se aposentou há pelo menos 30 anos.
“Mesmo sendo professora, sempre fui do lar. A diferença das mulheres de antes para as de agora é muita. Eu vejo que a mulher antes era submissa e tudo o que fazia era com o consentimento do marido. Hoje a mulher é mais liberal, faz o que quer para conquistar suas coisas, há muita liberdade. Mesmo com essa liberdade, acho que, hoje em dia, deve-se ter o compartilhamento com o marido, seja na criação dos filhos, no trabalho, mesmo sendo livre, para que, assim, possa ter uma vida conjugal melhor”.
Cidinha relata também que está desapontada com a representante das mulheres no governo, ou seja, a presidente Dilma Rousseff. “Confiávamos tanto, e infelizmente, o que podemos fazer? Hoje ficamos desconfiadas pelo que está acontecendo no Brasil. Atualmente, vendo e lendo notícias, nós percebemos que o Brasil está no fundo do poço”.
Ela afirma que, ainda assim, ser mulher é tudo. “A mulher e um ser divino da procriação, da criação, da educação e dos conselhos. É um complemento do mundo. A mulher é a base da família, e o marido complementa. Eu fico muito feliz com o Dia Internacional da Mulher, pois é um reconhecimento. Nós, como mulheres, não temos como agradecer”, finalizou Cidinha.

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