Papa fala sobre exorcismo e padre Eduardo Lima confirma que prática nunca foi abolida

Publicado em 8/08/2015 00:08

Padre Eduardo Lima diz que exorcismo deve ser levado a sério, e não banalizado

Papa Francisco refere-se com frequência ao trabalho do Diabo

Por Daniela Trombeta Dias

2O Papa Francisco deu apoio ao exorcismo na Igreja Católica, depois de um grupo de padres que reclamam salvar pessoas expulsando os espíritos malignos ser reconhecido oficialmente pelo Direito Canónico, e o assunto voltou a ser um dos mais discutidos em todo o mundo.
De acordo com o jornal oficial do Vaticano, o «L’Osservatore Romano», a Associação Internacional de Exorcistas, composta por 250 padres que alegam combater as forças do mal em mais de 30 países, viu os seus estatutos aprovados pela Congregação para o Clero. A decisão dá reconhecimento legal à prática do exorcismo.
O Papa Francisco refere-se com frequência ao trabalho do Diabo. No ano passado, foi filmado com as mãos sobre a cabeça de um menino numa cadeira de rodas, naquilo que foi interpretado por muitos como um ato de exorcismo. Oficialmente, o Vaticano minimizou a situação e garantiu tratar-se apenas de uma oração.
Segundo o padre Eduardo Lima, da Igreja Católica de Santa Fé, o exorcismo nunca foi abolido da Igreja. “O exorcismo é algo sério e tem casos registrados que até viraram filmes baseados em relatos oficiais, e a Igreja Católica possui um ritual em casos em que o mesmo é necessário, sendo este um ritual oficial do Vaticano”, informou ele.
O padre disse ainda que toda a diocese possui um exorcista. “Mas este deve ser padre e, em situações em que há uma pessoa possuída, o padre vai até o local onde essa pessoa está para fazer uma visita, conversar com ela, ou seja, fazer o primeiro contato para identificar se é ou não o caso de exorcismo. Isso porque hoje em dia acontece a banalização do exorcismo, pois, ao invés de ser tratado como algo sério, tem igrejas que fazem disso um show, e há muitas situações em que as pessoas não estão realmente possuídas”.
Afirmou ele ainda que nesses casos de expulsar o demônio, a Igreja recorre, sim, ao exorcismo, mas o mesmo não é feito de qualquer forma. “A prática do exorcismo é levada a sério, e em casos extremos é preciso até autorização do bispo. A Igreja reconhece o exorcismo, pois há muitos casos já confirmados pelo Vaticano, mas é algo que deve ser levado muito a sério e não banalizado”, finalizou ele.

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