População reclama da falta de estacionamento para motos
O Departamento Municipal de Trânsito informou que existe a possibilidade da construção de novos ‘bolsões’ para motocicletas, entretanto o projeto ainda está sendo estudado
Por Lucas Machado
O número de motociclistas em Santa Fé aumentou, e, por isso, os motociclistas, na maioria das vezes, principalmente nos horários de pico, não conseguem encontrar vagas nos estacionamentos para seus veículos.
Isto vem acontecendo principalmente no centro da cidade, o que tem causado superlotação, com motos paradas após a sinalização permitida para estacionar.
Alguns motociclistas reclamaram à reportagem de O Jornal que, existe, sim, uma grande dificuldade para estacionar seus veículos perto do estabelecimento comercial que desejam visitar, e, às vezes, os pontos que são mais fáceis para encontrar vagas são os que ficam um pouco mais afastados das lojas.
De acordo com o último senso do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística –, a população de Santa Fé é de 31.348 habitantes, e, segundo o Detran, hoje a cidade possui 2.269 veículos leves (ciclomotor, motoneta, motociclo, triciclo e quadriciclo).
Em entrevista à reportagem, a diretora do Departamento Municipal de Trânsito, Eloisa Alves de Brito explicou que os estacionamentos privativos para motocicletas são conhecidos como ‘bolsões de motos’.
De acordo com ela, nas vias em que há a disponibilidade de bolsões, o estacionamento das mesmas fica restrito ao local delimitado para tal finalidade, ou seja, uma vez presente o local de estacionamento destinado apenas a este tipo de veículo, a parada e estacionamento reduz-se a tais locais.
“Por outro lado, se os mesmos veículos são estacionados em outros locais que não estes, os mesmos ficam sujeitos a sofrer autuação por parte dos agentes de trânsito municipais, ou seja, em Santa Fé, a Polícia Militar. Contudo, o bom senso tem sido levado em conta, e os motoristas de moto também têm sido orientados pelos agentes de trânsito quanto à melhor conduta quando param despercebidamente fora dos bolsões”, explicou ela.
A diretora informou, ainda, que, existem cerca de 23 bolsões na cidade, e estes não têm um número estimado fixo de quantas motos cabem, devido a boa parte deles não terem um tamanho padrão que permita quantificar.
“Recomendamos que o condutor procure um bolsão de motos mais perto do local em que vai realizar suas atividades no comércio da cidade; mas, caso não consiga assim fazer, que deixe a moto em outro local mais próximo, e que consiga espaço suficiente para que sua motocicleta seja estacionada sem prejudicar a parada e saída das demais que ali se encontram. Caso não encontre local para estacionar tão próximo de onde deseja, coloque seu veículo um pouco mais afastado, mas de acordo com a sinalização existente na rua, sem desrespeitar a legislação de trânsito, nem o direito do outro motorista que também faz uso dela”
Eloísa ressaltou ainda que é recomendado que os condutores de motocicletas se atentem ao local delimitado para os bolsões, não deixando seus veículos sobre as linhas que delimitam as bordas do bolsão, pois estarão estacionando em desacordo com a legislação de trânsito. A área destinada ao estacionamento é a parte interna dos limites delimitados no solo.
Sobre a instalação de novos bolsões, Eloísa afirma que “esta possibilidade já vem sendo estudada e será realizada assim que finalizada, podendo ser oferecidos mais locais”, finalizou ela.
Alguns bolsões, como no caso do existente defronte à O Jornal, na rua 7, estão sem a delimitação de início e término, que determina o local reservado para estacionamento de motocicletas, o que faz com que os condutores ultrapassem o local permitido.
“Todo bolsão tem uma limitação do inicio ao término, e a responsabilidade é do Departamento Municipal de Trânsito. Alguns bolsões estão com esse problema, que era pra ter sido resolvido no ano passado, quando já estávamos licitando o que precisaríamos para executar os serviços; entretanto, com a crise, não tivemos dinheiro para comprar o material necessário e o serviço não foi feito. Tudo está previsto para ter início neste início de ano. Já estamos comprando alguns materiais entretanto, existem alguns outros serviços de mais urgência, e, assim que resolvidos, daremos continuidade ao problema dos bolsões. Portanto, quando não há a delimitação, deduz-se que todo o local seja para a parada de motocicletas”, finalizou Eloisa.
Para o capitão da Polícia Militar, Fernando Benitez, o bolsão tem um espaço exatamente feito para comportar uma certa quantidade de motocicletas, assim como as vagas para carros também comportam uma certa quantidade, ou seja, é limitado.
“O centro da cidade é bastante movimentado, e não é tão simples estacionar, por conta do grande fluxo de veículos; entretanto, não encontrando um local com espaço, deve-se procurar por outro”, disse ele.
O capitão informou ainda, que desde o dia 3 de janeiro deste ano a multa para quem estaciona fora do bolsão, ou para carros estacionados no bolsão, não é mais considerada ‘leve’.
A multa, atualmente, é considerada ‘grave’, sendo descontados 5 pontos na carteira, e o condutor sujeito à multa no valor de R$ 127,69.
Esta multa é a mesma para quem estaciona na Área Azul sem o cartão, ou estaciona em vagas de taxi, idosos ou deficientes.
Benitez finalizou que, a partir do monitoramento feito pela PM e da visualização da irregularidade, o policial toma, de imediato, as providências cabíveis, uma vez que esta é uma das obrigações da Polícia Militar.