Preço de legumes aumenta e tomate é o mais caro

Publicado em 16/05/2015 00:05

Em comparação com o preço dos legumes e hortaliças, o quilo de algumas carnes está em conta

Por Daniela Trombeta Dias

1Foi-se o tempo em que consumir legumes e hortaliças era barato. Atualmente tem compensado muito mais comprar um quilo de carne do que de tomate, por exemplo.
Uma breve pesquisa feita nas feirinhas de supermercados ou mesmo na Feira do Produtor, comprova que os preços não param de subir.
Segundo dados do Dieese – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos –, o tomate foi o produto que mais apresentou variação de preço.
Em Santa Fé, o quilo do tomate pode ser comprado a R$ 9,95, ou R$ 8,99 (em promoção). Porém, além do fruto, legumes e hortaliças também estão mais caros, como, por exemplo, o pimentão verde ou vermelho, R$ 7,99 kg; brócolis, de R$ 4,99 a R$ 6,00 (unidade); manga, R$ 4,99 o quilo; maçã Fuji, R$ 4,99 Kg; melão verde, R$ 4,99 kg; abacaxi, R$ 3,99 a unidade; maço de alface/rúcula/couve folha, R$ 3,99, entre outros.
No geral, os preços que por enquanto continuam consideravelmente ‘acessíveis’ são da batata, R$ 3,99 Kg; cenoura e abobrinha, em média R$ 3,49 Kg; mamão, R$ 1,99 kg e morango, R$ 5,99.
Em comparação com o preço dos legumes e hortaliças, o quilo de algumas carnes está em conta, como, por exemplo, o da costela bovina, em torno de R$ 6,69 a R$ 9,90; linguiça toscana, R$ 7,98; bisteca suína, R$ 5,98; coxão mole, R$ 15,98 (preço de promoção); ponta de peito, R$ 12,00; lombo, R$ 9,98 e toicinho, R$ 3,98. Já o quilo do frango inteiro congelado varia entre R$ 9,95 a R$ 13,90 o quilo. O da dúzia de ovos, R$ 4,95 a R$ 5,90.
Ainda comparando o preço do tomate e o da carne, a reportagem pesou três tomates, tipo redondo, cujo quilo está R$ 8,99 (em promoção), totalizando 628 gramas com o preço de R$ 5,65. Já um quilo do fruto daria para comprar também um quilo de linguiça toscana, de costela, ou mesmo 700 gramas de coxão mole.
De acordo com o Dieese, a alta nos preços pode ser explicada pelo período de entressafra combinado a crise hídrica, com a redução da área plantada, ou seja, a falta de água fez com que alguns alimentos, principalmente os que precisam de muita irrigação, ficassem mais caros.
“Estou comprando apenas o que preciso, o que é essencial, como cebola, alho e levo legumes e verduras e frutas se estão em oferta. Nunca imaginei que fosse chegar o dia em que comprar legumes e frutas seria mais caro que carne”, afirmou a dona de casa Adriana Lima.
Segundo o secretário de Agricultura Jeferson de Oliveira Mendonça, não foi só a crise hídrica que ocasionou o aumento nos preços. “Tem chovido bem em várias regiões, por isso não é só a crise hídrica, mas também a financeira que gerou o aumento. O que também influencia a alta de preços ainda e a dos insumos usados pelo produtor, assim como o preço da energia que na área rural teve um aumento de 40%, além do combustível para transportar e entregar os alimentos. O produtor não pode trabalhar no negativo, ele tem que vender a um preço para que tenha lucro e continue no mercado”, afirmou o secretário.

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