Programa Viva Leite não está suspenso para famílias de Santa Fé

Publicado em 9/10/2015 23:10

Por Lucas Machado

Criado pelo Governo do Estado de São Paulo, em 1995, existe há 16 anos, em Santa Fé, o Projeto ‘Viva Leite’, que é o maior programa Estadual de distribuição gratuita de leite pasteurizado no Brasil.
Anualmente, o projeto distribui 90 milhões de litros de leite para crianças e idosos em situação de insegurança alimentar e vulnerabilidade social.
Hoje, cerca de 480 mil famílias recebem o benefício, e cada beneficiário recebe 15 litros de leite por mês, com teor de gordura mínimo de 3%, enriquecido com ferro e vitaminas A e D. No interior de São Paulo são 2.040 pontos de entrega, em 606 municípios atendidos.
Em Santa Fé, a responsável pelo projeto é a nutricionista Verenice Renata Bassi, e, de acordo com ela, para participar do mesmo, o critério é ser de baixa renda, com renda per capta de ¼ do salário mínimo. Ela relatou que, ao todo, são 563 famílias cadastradas.
Nesta semana, moradores de Santa Fé, que preferiram não se identificar, disseram que o benefício seria cortado para algumas famílias em dezembro deste ano.
Questionada, a nutricionista relatou que “não houve mudanças; apenas a renda per capta baixou. Ainda não houve cortes em nosso município, apenas a alteração nos dias de entrega. Antes, a entrega era realizada três vezes na semana, e, agora, apenas dois, sendo às segundas e quintas-feiras”, explicou Verenice.
Ela relatou também que podem receber o benefício de 15 litros mês, crianças de seis meses a seis anos, sendo duas crianças por família. O cadastro deste programa é incluso no CadÚnico – Cadastro Único Para Programas Sociais –, coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, que é um instrumento de coleta de dados e informações utilizado pelos governos municipais, estaduais e federal, com o objetivo de identificar e conhecer a realidade socioeconômica de todas as famílias de baixa renda existentes no País, afim de incluí-las nos programas sociais do Governo Federal, como o Bolsa Família, Pró Jovem Adolescente/Agente Jovem, Tarifa Social de Energia Elétrica, Viva Leite, INSS do Lar, Cartão do Idoso Interestadual, Benefício de Prestação Continuada – BPC, e Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI, entre outros.
Além disso, o CadÚnico também é utilizado para conceder a isenção de pagamento de taxa de inscrição em concursos públicos realizados no âmbito do Poder Executivo Federal, para as famílias terem prioridade no Programa Habitacional Minha Casa Minha Vida.
A inscrição no CadÚnico não garante a inclusão das famílias nos programas sociais. Após o cadastramento das informações fornecidas pela família, sendo a composição familiar com identificação documental dos seus integrantes; características do domicilio; qualificação escolar, profissional e situação no mercado de trabalho, remuneração e despesa familiar, o Governo Federal inicia o processo de seleção, obedecendo aos critérios de cada programa específico.
De acordo com a coordenarora do Cras – Centro de Referência e Assistência Social –, Sueli Moreira Marques Ferreira, desde abril deste ano, o Governo Estadual vem fazendo de forma gradativa a unificação dos cadastros sociais no Estado de São Paulo; sendo assim, as famílias estão sendo orientadas a se cadastrar e/ou manter seus cadastros atualizados diretamente no CadÚnico, isso para estarem aptas a receber possíveis benefícios de programas estaduais, como o Renda Cidadã, Ação Jovem etc.
Atualmente, em Santa Fé, existem 2.323 famílias inseridas no CadÚnico.

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