Reconhecida nacionalmente, Funec atende alunos de diversas cidades e estados do Brasil
Por Lucas Machado
Sendo a Funec a única instituição de ensino superior da Comarca, a mesma atende um número significativo de alunos dessas cidades além de Santa Fé, como Santa Rita D’Oeste, Santa Clara D’Oeste, Santana da Ponte Pensa, Nova Canaã Paulista, Rubineia e Três Fronteiras.
Contudo, como já é conhecida nacionalmente, grande parte de seus alunos são de outras cidades e Estados do Brasil.
De acordo com a assessoria da faculdade, dos 3.200 alunos, cerca de 2.100 vieram de outras cidades, sendo que a maioria deles vem do Estado do Mato Grosso, de cidades como Guarantã do Norte (1.800 km), Sorriso (1.400 km), Pontes e Lacerda (1.400 km), Figueirópolis D’Oeste (1.300 km), e São José dos Quatro Marcos (1.200 km).
Há ainda alunos de Ji-Paraná (2.100 km), em Rondônia; Bandeirantes do Tocantins (1.700 km) e Gurupi (1.230 km), no Tocantins; Marabá (2.040 km), Xinguara (1.900 km), Redenção (1.800 km), no Pará; Pedro Gomes (640 km), Paraíso (620 km), Rio Verde de Mato Grosso (615 km), no Mato Grosso do Sul; Ituiutaba (280 km) e Campina Verde (210 km), em Minas Gerais; Pontalina (525 km), Montividiu (400 km) e Chapadão do Céu (320 km), em Goiás; Sapopema (560 km) e Rancho Alegre (460 km), no Paraná e Mogi das Cruzes (680 km), Jandira (620 km), Bragança Paulista (600 km) e Campinas (530 km), no Estado de São Paulo.
Nesta semana a reportagem conversou com quatro alunos naturais de cidades distantes de Santa Fé, para descobrir qual o interesse pela Funec, e as principais dificuldades encontradas por ter que se mudar para uma cidade distante da família, bem como para saber como foi a adaptação na cidade.
Denner Leopoldino Esperança
Denner, tem 19 anos, é aluno do terceiro ano do curso de Odontologia, e veio de Ji-Paraná – RO, a 2.100 km de Santa Fé.
“Na verdade, eu já conhecia a Funec, porque meu pai se formou aqui em Educação Física, em uma das primeiras turmas, e ele nasceu aqui. Então fiz o vestibular em Pontes e Lacerda, que era o local mais próximo da minha cidade. Passei aqui e em outras faculdades que prestei. Pesquisei, vi que a faculdade era de qualidade e optei pela Funec por ser um local que eu já conhecia”, relatou ele.
O estudante contou que nunca tinha ficado longe da família, e que esta foi a maior dificuldade pelo menos nos primeiros seis meses. “Muita saudade e muita responsabilidade, porque passei a morar sozinho. É a parte mais difícil, morar longe. Saudades da minha mãe, da comida, da roupa lavada, da mordomia, do carinho e da família”, disse Denner.
Ele ressaltou também que achou fácil se adaptar em Santa Fé, por ser uma cidade pequena, tranquila e muito bem organizada. “Só foi diferente porque foi uma mudança de vida total pra mim. Vivia num âmbito menor, familiar, e passei a morar sozinho, e ter que ter responsabilidade. Santa Fé em si foi fácil de adaptar por ser uma cidade muito boa”, afirmou.
Denner contou também que visita sua família duas vezes ao ano, nas férias de julho e de dezembro. Quando ele retorna das férias, os pais o acompanham e passam alguns dias na cidade.
Alan Cristian Vitorino
O estudante do segundo ano do curso de Engenharia Agronômica tem 20 anos e é natural de Guarantã do Norte – MT.
Ele conta que escolheu a Funec porque é uma faculdade muito conceituada. “Fui pesquisando faculdades pela internet e acabei escolhendo a Funec porque vi que era uma faculdade boa, de nível, com professores bem conceituados, e acabei vindo pra cá. A maior dificuldade minha foi a distância da minha família. Tive algumas dificuldades por morar sozinho também, mas fui me adaptando aos poucos”, disse o estudante.
Alan relatou que é complicado viver longe da família, pois, “às vezes, bate uma saudade, mas é pelo estudo que vale o sacrifício de ficarmos um pouquinho longe, para conquistar um futuro bom”.
O jovem explicou também que sua adaptação foi difícil nos primeiros meses. “Não conhecia os locais, não sabia andar muito bem aqui, mas depois fui conhecendo, me adaptando, fazendo amizades. A cidade é muito boa, tranquila, não tem violência, muito boa de se viver”, finalizou Alan.
Elane Firmino de Sousa
Elane, natural de Brasília – DF, tem 30 anos e é aluna do quarto ano do curso de Enfermagem da Funec.
“Minha família é do Maranhão, mas eu estava morando com meu ex-marido em Brasília. A família dele é daqui e ele disse que viria pra cá. Como já estava pensando em fazer uma faculdade, decidi vir com ele para fazer um curso. Já tinham me falado da Funec, que era boa”.
Ela contou que não teve nenhuma dificuldade, mas, sim, um pouco de medo. “Já estava acostumada a ficar longe da minha mãe e do meu pai, que ainda vivem no Maranhão, só que lá em Brasília eu tinha tios, primos, então eu não sentia tanto. Até hoje eu sinto aqui, porque agora me separei e então estão só eu e o meu cachorro”.
Elane disse também que sua adaptação foi difícil pelo calor da cidade, mas as amizades a ajudaram. “Eu estou hoje aqui em Santa Fé, realmente, só para terminar a faculdade. Minha permanência aqui é pela faculdade. Eu faço o Programa Escola da Família, que é um ótimo benefício também, então pra mim aqui é ótimo”, finalizou ela.
Tarcilene de Fátima Moraes Figueira e Eliezio Barbosa Figueira
O casal Tarcilene e Eliezio, de 39 e 40 anos, respectivamente, são de Belém – PA, e estão no segundo ano do curso de Direito.
“Meu marido passou em um concurso público e disse que viria para esta região. Então comecei a pesquisar na internet, buscar universidades, e encontrei a Funec. Ele veio primeiro pra cá e já foi na Funec pra ver um curso pra mim, porque inicialmente só eu faria a faculdade. Mas depois de conhecer, ele optou em fazer Direito aqui também”, disse Tarcilene.
“Somos de uma família grande, a gente sente saudade. Deixamos os nossos pais, irmãos, nossa casa, uma empresa, que terceirizamos, então foi muito difícil. O começo foi horrível, ter que deixar tudo. Mas a cidade é muito bonita, organizada. Nós gostamos de Santa Fé por isso. Nós viemos de uma cidade grande e a questão da violência e do trânsito nos incomodava. Gostamos de Santa Fé por essa comodidade; por que nos deslocamos muito facilmente, além da cidade ser muito bonita e organizada. Gostamos muito daqui, das escolas públicas, e no caso, a da minha filha, que é municipal, achamos muito boa. O ensino é muito bom. Lá nós não temos essa questão do ensino ser bom, as escolas são estaduais”, concluiu Tarcilene.
A estudante de Direito relatou que, apesar de tudo, sua adaptação não foi difícil em Santa Fé. “Chegamos no período do Natal, e viemos a primeira vez visitar. A cidade estava linda; nos encantamos com a decoração e a organização. Nós conhecemos outras pessoas aqui, e notamos a educação delas, pois são muito dóceis, e nos sentimos acolhidos. Então, se tornou mais fácil adaptar”.
Eliezio contou à reportagem que é formado em Administração e que queria cursar Direito em Belém; entretanto, disse que o custo do curso de Direito é muito caro. “Quando vim pra cá, houve a possibilidade de fazer o curso junto com ela. A soma dos dois valores era, praticamente, o que só ela pagaria em Belém, então resolvi fazer. Estou muito contente e almejando novos concursos na minha área, com melhores salários. Quando passei no concurso, uma das exigências da minha esposa era que a cidade fosse próxima de uma faculdade onde ela poderia fazer o curso de Direito, e então tive a oportunidade de escolher. Verifiquei que Aparecida do Taboado era o lugar mais próximo. Até então, a ideia era morar e trabalhar lá, e ela vir estudar em Santa Fé. Conheci Aparecida do Taboado e, quando eu, sozinho, visitei Santa Fé, vi que o ideal seria morar aqui, estudar aqui e ir trabalhar lá. Ela veio conhecer a cidade e eu já apresentei a Funec, o curso de Direito, e, então, ela se apaixonou pela cidade e gostou da instituição”, finalizou Eliezio.
O que diz a presidência
Ademir Maschio, presidente da Funec, relatou à reportagem que a instituição recebe alunos de lugares distantes e sabe que são muitos os motivos que os levam a escolher a Funec. “Alguns dos principais são a qualidade do ensino, a tradição da faculdade, pois são 40 anos de história, as indicações de ex-alunos que divulgam a Funec, sendo excelentes profissionais no mercado de trabalho, as mensalidade acessíveis, dentre outras. Então, enquanto presidente, é uma honra ser ex-aluno e estar a frente de uma faculdade séria, que tem credibilidade e, por isso, tem mais de dois mil alunos de outras cidades, outros estados”.
Ele ressaltou também que sabe da importância desses alunos, não apenas para a Funec, mas para toda a cidade. “Alguns, de municípios mais próximos, vêm estudar e retornam diariamente. Já outros, de lugares distantes, vêm morar aqui e, assim, movimentam o setor imobiliário, fomentam o nosso comércio e turismo local, com a visita de seus familiares e amigos, contribuindo com o crescimento da instituição e da nossa cidade”, finalizou o presidente Ademir.