Rio Paraná volta a subir e piscicultores aumentam produtividade
Produção de peixes pode ter acréscimo de 30 %
Por Vinicius da Costa
Após um longo período de estiagem nos últimos anos, o setor da piscicultura, principalmente o de Santa Fé, que depende do rio Paraná, voltou a produzir normalmente.
Naquela época, como o nível do rio havia baixado, em 12 de setembro passado, a Ponte Rodoferroviária foi interditada pelos representantes da Cadeia Produtiva do Pescado de Santa Fé e região, que se manifestaram a respeito do que as autoridades do Estado estavam fazendo para atender as reivindicações feitas por todos os setores que sobreviviam do reservatório de Ilha Solteira, o rio Paraná, que banha a nossa região, denominada região dos Grandes Lagos.
De acordo com o ultimo Boletim Diário da Operação do ONS – Operador Nacional do Sistema Elétrico-, a cota atual do rio Paraná está em 327,75 metros em profundidade.
Segundo relatos do sócio-produtor da empresa Ambar Amaral, Antônio Ramon do Amaral Neto, naquela época os representantes visavam estabelecer um ponto de equilíbrio em relação ao múltiplo uso dos recursos hídricos do reservatório; este que era um dos que estava mais prejudicado. Contudo, voltou a chover e o nível do rio subiu, e, a produção de peixes, que estava sendo prejudicada, e, de certa forma, escassa, também aumentou.
A reportagem de O Jornal entrevistou o empresário Antônio Ramon do Amaral Neto, que relatou este ano a produção voltou a ter um acréscimo de 30%. No ano anterior à produção somente se estabilizava, não obtendo perda ou aumento.
“O que mais atrapalha é a oscilação, pois os tanques-redes possuem um sistema que impedem que sejam levados pela correnteza, e, para que esse sistema seja adequado ao nível do rio, perde-se um dia de trabalho para a adequação de cada tanque” disse o empresário.
Sobre os tanques serem removidos para margem, o mesmo relatou que esta remoção é relativa; entretanto, não é necessário realocá-lo, até porque o custo para essa realocação é de aproximadamente R$ 150 mil.