Saiba as diferenças entre um pseudo corretor e um profissional habilitado na área de corretagem de imóveis
Por Lucas Machado
Na hora de comprar, vender, ou até mesmo alugar um imóvel, você deve, sem sombra de dúvidas, procurar um profissional habilitado e regulamentado.
Entretanto, sabemos que existem, como em toda cidade pacata de interior, e não seria diferente em Santa Fé, aqueles que podemos denominar de ‘pseudo corretores’, ou seja, que não são regulamentados, e trabalham nas ruas, praças, e bairros.
Em entrevista a O Jornal, o corretor e proprietário da Santa Fé Assessoria Imobiliária, Paulo Domingos de Souza, alertou a população sobre os cuidados necessários na hora de realizar atividades imobiliárias, uma vez que é importante procurar o profissional certo.
A profissão de corretor de imóveis é regulamentada através da Lei Federal n° 6.530/78, de modo que para se tornar um profissional do mercado imobiliário, se faz necessário que o interessado seja possuidor de título de Técnico em Transações Imobiliárias ou de diploma de curso superior sequencial e tecnológico de Ciências Imobiliárias ou Gestão de Negócios Imobiliários.
“Um cidadão pode ter vários problemas ao procurar um pseudo corretor, e dentre eles é o não reconhecimento da justiça. Se houver discussão judicial envolvendo a corretagem e se o juiz tomar conhecimento de que a pessoa envolvida na corretagem não é habilitada, o cidadão perde a causa, pois o trabalho foi exercido ilegalmente, até porque o indivíduo é obrigado a ser credenciado junto ao Creci – Conselho Regional de Corretores de Imóveis –. Tais pessoas, inclusive, podem responder judicialmente por exercício ilegal da profissão”, relatou ele.
Paulo contou que recebeu a fiscalização do Creci recentemente, e esta exige o registro junto ao órgão ativo e o exercício da profissão de maneira ética e responsável.
“Um corretor habilitado paga sua taxa de credenciamento junto ao Creci anualmente, estudou para exercer a profissão, investiu tempo e dinheiro em sua carreira. Com o curso, você aprende a lidar com diversas técnicas de marketing, relações imobiliárias e relações comerciais, além de aprender a realizar a avaliação de imóveis e isso um pseudo corretor nunca fez, trabalha mais na base da conversa, e, às vezes, não tem a prática do dia a dia de um corretor profissional”.
Ele contou ainda que, é credenciado, paga aluguel, impostos e funcionários, e que há custos para exercer a profissão. “Acho que as pessoas não deveriam ir à rua e exercer sem ter esse estudo. Em Santa Fé isso ocorre, e todos sabem. Essas pessoas entram num trabalho profissional e prejudicam quem é credenciado. Deveria existir uma Associação de Imobiliários para lutarmos pelos nossos direitos. Infelizmente a população tem o hábito de procurar o pseudo corretor, por ser mais barato;, entretanto, é importante que procurem corretores credenciados, que estejam aptos a exercer a função de maneira correta. Alguém que estudou conhece o processo de documentação pra dar indicações de mercado”, explicou Paulo.
Em comparação aos pseudo corretores, só um corretor credenciado pode analisar documentação, indicar investimentos, avaliar um imóvel corretamente e agir baseado na legislação.
“Em nossa cidade há boas opções de imobiliárias e profissionais autônomos. Se tiver dúvidas, acesse www.crecisp.gov.br e certifique-se pesquisando pelos profissionais credenciados de nossa cidade. Um imóvel é um bem muito valioso para ser confiado a pessoas inábeis e sem certificação”, finalizou Paulo Domingos.