Saiba quando se torna necessário contratar um adestrador para o seu pet
Por Lelo Sampaio e Silva
Conforme os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos lares brasileiros há mais animais do que crianças. Em cada 100 famílias, 44 criam pets e apenas 36 delas possuem crianças com até 12 anos de idade.
Segundo a pesquisa, há 52 milhões de cães e 45 milhões de crianças.
A maioria dos tutores dessas criaturinhas tão queridas por tanta gente diz que não se trata de um animal de estimação, mas, sim, membro de uma família.
Um cão, gato ou outro animal escolhido para compartilhar a vida em um lar, pouco a pouco ganha lugar de importância e afeto de seu tutor, e muitos pets chegam até mesmo a dormir na cama junto com seus tutores.
Muitas famílias estão optando por ter menos filhos ou não tê-los e, com isso, incorporam um animal em seu lar, que, desta forma, ganham mais espaço dentro de casa, haja vista que na maioria das vezes são carinhosos, recebem cuidados e atenção, e acabam tornando o vínculo homem-animal inseparável.
Entretanto, se o bichinho for bravo, é preciso mais atenção, pois, embora um cachorro bravo possa ser muito útil para proteger um lar e servir como cão de guarda, alertando seus donos em relação a possíveis ameaças e perigos, ter um cão mais agressivo em casa pode desencadear uma série de acidentes, que incluem mordidas em pessoas e animais estranhos ou até mesmo no próprio tutor.
Não é difícil encontrar tutores com mais pets em casa que, em determinado momento, começam a se “estranhar”, seja entre dois machos ou duas fêmeas, daí a vida com um pet dentro de casa pode se transformar em um grande martírio.
Mário Silva contou à reportagem de O Jornal que possui quatro Dachshunds, popularmente conhecidos por Basset, Teckel, Cofap ou Salsicha.
Disse ele que o macho e a fêmea cruzaram e que ele optou ficar com um casal. Porém, quando o filhote macho se tornou adulto, as brigas entre pai e filho se tornaram constantes, até que a situação ficou insustentável.
“Sempre que eles ‘se pegavam’ e eu ‘entrava no meio’ para apartá-los, eu saía totalmente dilacerado de tantas mordidas. Houve uma vez que o médico que me atendeu queria me internar, pois, se não fosse, corria risco de morte. Fiquei um mês tomando antibióticos, anti-inflamatórios e outros remédios e já não aguentava mais ter se separá-los em cômodos diferentes da casa. Foi aí que precisei de ajuda de um profissional, até porque não quis doar um deles”, disse.
O Jornal conversou com Carlos Aberto Lino, mais conhecido como Beto Adestrador, residente em Jales. Ele atende também em Fernandópolis e Santa Fé do Sul.
“Meu trabalho é realizado em domicílio. Adestro animais de qualquer raça, raça indefinida e idade. Resolvo qualquer tipo de situação. Geralmente, a maioria dos adestradores faz aquele trabalho básico, que é o de ensinar o animal a sentar, deitar, dar a patinha, entre outras coisas. Eu, principalmente no início, trabalho com o cachorro fora da casa do cliente, e somente depois é que começo a trabalhar na casa do tutor. Acredito que o diferencial do meu trabalho é justamente resolver exatamente o que o tutor precisa”, explica o adestrador.
Beto, que é adestrador há 26 anos, disse que trabalha com adestramento básico e avançado, socialização entre animais, controle de hiperatividade e ansiedade, fazer com que o pet deixe de destruir móveis, que faça suas necessidades no local correto e até mesmo, no caso de um cão dócil, que ele se torne um cão de guarda para proteção pessoal, bem como o controle de agressividade, quando os cachorros estão extremamente agressivos.
Outro ponto a destacar, segundo ele, é que alguns tutores são estrangeiros e não “falam” com seus pets em português. “Nestes casos, faço o adestramento em até quatro idiomas – inglês, espanhol, alemão e japonês. Não tenho fluência nessas línguas, mas, sim, conhecimento de algumas palavras (comandos) do adestramento básico”.
Ele pontuou que tem um projeto futuro em Santa Fé para poder atender em uma escolinha estruturada com hotel, creche e lazer para os pets.
Para mais informações, entrar em contato pelo telefone/WhatsApp 17 99706-6003 ou pelo Instagran @adestramentojales.