Saibam quais os produtos usados que não devem ser comprados

Publicado em 2/04/2016 00:04

Por Lucas Machado

Antônio Guirao, da loja Móveis Casabella Emerson, da Santa Fé PneusDiante do alto custo de produtos de diversos setores do mercado, a maioria da população prefere, na maioria das vezes, comprar alguns itens seminovos, ou seja, os chamados de ‘segunda mão, ou usados.
Entretanto, ao comprar certos produtos, como panelas, eletrodomésticos, pneus, colchões, capacetes, dentre outros, deve-se estar atento.
De acordo com especialistas do site americano Brad’s Deals, que busca os melhores negócios online para clientes, estes defendem que o desgaste causado pelo uso pode comprometer a segurança de alguns objetos e até causar problemas de saúde ao usuário.
Pneus
A compra de pneus para carros ou motos deve ser muito cautelosa, e, estes não devem ser comprados usados. O proprietário da loja Santa Fé Pneus, Emerson Ricardo Bena relatou que “os pneus são o único elemento do veículo em contato com o solo. É por isso que são essenciais para a segurança de um automóvel. Existe um risco associado à aquisição de pneus usados, ainda que visivelmente em bom estado, especialmente os que têm um passado desconhecido ou duvidoso. Os pneus usados podem ter sido expostos a utilizações, manutenções e armazenamento impróprios, podendo estar danificados, ao ponto de torná-los não utilizáveis”.
De acordo com ele, ao comprar pneus usados, o consumidor pode incorrer a riscos de segurança, pela perda das qualidades originais e danos não visíveis do pneu, risco de ilegalidade, e, se o pneu não tiver a profundidade mínima de lei, poderá haver risco de perda de dinheiro por gastos imprevistos e até afetar o ambiente.
“Estudos desenvolvidos concluem ainda que, de todos os veículos implicados em acidentes com vítimas e que apresentavam algum problema mecânico, 62% dos mesmos tinham defeitos nos seus pneus, e que, uma em cada 100 mortes estão implicadas diretamente em defeitos nos pneus dos veículos”, disse Emerson.
Capacetes
De acordo com Gilmar Marques, do Despachante Modelo, os capacetes usados podem ter sofrido danos e até mesmo pequenas fissuras, que podem passar despercebidamente.
“Com o tempo, as espumas vão sofrendo desgastes e o capacete deixa de ficar firme e aderente à cabeça, podendo atrapalhar a visibilidade e colocando a segurança em risco e também à de outras pessoas”, explicou ele.
Gilmar ressaltou ainda que, na maioria das vezes, a numeração do capacete usado não compete com a do comprador, sendo incorreto o seu uso.
“Todos os capacetes de fabricação nacional tem a sua validade testada pelo Inmetro de apenas três anos de uso. Após o término da validade, poderá ser aplicada uma multa mais pontuação na Carteira Nacional de Habilitação. Portanto, é necessário que se analise bem o capacete a ser comprado, pois, como dizem, ‘o barato pode sair caro’”, finalizou Gilmar.

Eletrodomésticos, panelas e colchões
O gerente proprietário da loja Móveis Casabella, Antônio José Guirao, relatou à reportagem que uma boa compra começa pela escolha adequada do produto.
Em relação a eletrodomésticos, Antônio relatou que “quando se compra usado, nem sempre se encontra o produto mais adequado às suas necessidades. Não é possível saber se o produto usado apresenta defeitos, como o consumo excessivo de energia devido a um mau funcionamento, possíveis defeitos já apresentados anteriormente, e, em muitos casos, o tempo já utilizado do produto, tendo em vista que eletrodomésticos não duram pra sempre. O mais importante é que produto usado não oferece garantia do fabricante, salvo garantia estendida”, explicou.
Já as panelas, de acordo com Antônio, devem ser de uso pessoal ou familiar, devendo ser devidamente lavadas e higienizadas. “Panelas com teflon devem ser descartadas quando começam a perder o antiaderente, pois sua higienização se torna mais difícil e o antiaderente se prende aos alimentos. Se a panela for de pressão, devem ser observadas as condições da válvula de segurança, bico de saída de vapor e a troca da do anel de vedação da tampa”, disse.
Sobre os colchões, o gerente proprietário destacou que “é outro produto de uso pessoal ou familiar. O colchão deve estar adequado ao biótipo do usuário (densidade, peso e altura). Roupas de cama devem ser trocadas uma vez por semana, e um rodízio deve ser feito de acordo com a recomendação do fabricante”.
Ele relatou ainda que o colchão deve ser protegido de umidade (suor, água etc). “Estes causam fungos, que são nocivos à saúde, e provocam manchas no tecido do colchão, e, se forem usados, é difícil saber se foram obedecidas tais condições de uso e recomendação do fabricante”, finalizou.

Última Edição