Secretário de Turismo esclarece dúvidas a respeito da Mata dos Macacos
Segundo moradores, a água servida não é apropriada e local continua sendo usado por pessoas em atitudes ilícitas
Por Daniela Trombeta Dias
Nesta semana a reportagem de O Jornal recebeu questionamentos de moradores sobre os cuidados na Mata dos Macacos. Segundo eles, a água servida para os animais está imprópria, pois está suja, e o portão está diariamente aberto, inclusive à noite, o que facilita a entrada de pessoas para atos ilícitos. Ainda de acordo com eles, os alimentos servidos pela Prefeitura não estão sendo retirados, apodrecendo no local.
A reportagem de O Jornal conversou com o secretário de Turismo José Emídio Calazans, que esclareceu todos os questionamentos.
No final do ano passado foi firmado um Termo de Cooperação entre a Prefeitura; o Hotel Portal da Mata; o proprietário do sítio onde fica a mata, Adão Dias Martins; o proprietário do sítio defronte a mata, Jerônimo Xavier; e o proprietário do sítio ao lado da mata, Cláudio César Martins Moreira.
Dessa forma, deste então, a Secretaria de Turismo e a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, com apoio da Secretaria de Obras e do setor de Controle de Vetores, iniciou ações visando a melhoria do espaço, bem como da qualidade de vida dos animais. “Lá foi feita a colocação de cascalho para conter a erosão ocasionada pelas chuvas, assim como fizemos o encanamento da água pluvial, colocamos bancos de madeira reutilizável, instalamos um tablado para a colocação de alimentos e ainda fizemos a instalação de uma caixa de água com boia para que os animais pudessem se alimentar e tomar água”, informou ele.
Disse ainda que a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, através de funcionários do Viveiro de Mudas, leva as frutas doadas por supermercados da cidade para a mata duas vezes por semana. “Geralmente, isso acontece às segundas e quartas-feiras, mas, se houver um feriado próximo a esses dias, alteramos as datas, pois em feriados a mata recebe muitos visitantes que alimentam os animais. Quanto à questão de alimentos podres e limpeza do local, os funcionários do Viveiro retiram a sobra das frutas levadas por eles, sempre no dia da entrega dos outros alimentos, limpando as sobras, mas como alguns alimentos são mais sensíveis que outros, eles podem estragar mais facilmente”, explicou José Emídio.
Já referente à água servida aos macacos, relatou que não está suja. “É apenas uma impressão das pessoas. A água vem canalizada da chácara do Jerônimo Xavier, que permitiu que a canalizássemos, e instalamos a caixa de água de 50 litros, com boia, sendo que a mesma está parcialmente enterrada com proteção lateral de madeira para que os animais possam beber. Na água, os funcionários do Controle de Vetores colocaram o peixe guaru, que come qualquer tipo de larva controlando a proliferação. Uma vez por mês, a caixa é retirada e lavada pelos funcionários”, explicou.
Muitos visitantes, ao irem até a mata, tiveram dificuldade em encontrar os animais, sendo que os poucos que apareceram estavam mais ariscos que costumeiramente, e houve quem chegou a comentar que os mesmos estão diminuindo. “Isso está ocorrendo agora por causa do tempo mais frio. Eu mesmo levei meus filhos e não encontrei nenhum animal. Na verdade, eles estão é aumentando, pois há dois meses estavam no cio, e, agora, como está mais frio e eles recebem comida, acabam hibernando mais cedo”.
Esclareceu ele ainda que até o momento não foi registrado nenhum ato de vandalismo no local, e que, se o visitante chegar lá e encontrar o portão fechado, basta fazer a entrada pelo hotel. Disse também que cada participante do Termo de Cooperação tem uma chave do cadeado do portão e, mesmo se quisessem, não teria como garantir que o mesmo fique fechado em horários impróprios. “Quem entrar pelo hotel receberá um panfleto com as recomendações do que servir aos macacos, bem como outras dicas, como não dar alimentos industrializados, jogar o lixo nos tambores instalados no local, dentre outras”.
Quanto a presença de pessoas na mata em períodos noturnos, ele relatou que mesmo quando o portão está fechado, os jovens pulam as cercas e vão para o local. “A recomendação é para que não frequentem a mata em horário inapropriado, mas nem todos cumprem. Patrulhamentos também são feitos na mata, e pedimos para que, tanto à população quanto visitantes, cuidem de um lugar tão querido. A mata é um dos pontos turísticos mais antigos e visitados de nossa cidade e, apesar de termos funcionários para ir cuidar do local, é preciso que todos os que lá vão cuidem e preservem o espaço que faz parte de nossa história”, finalizou ele.