Secretário Municipal de Saúde fala sobre as principais medidas deste governo

Publicado em 14/01/2017 00:01

Por Lelo Sampaio e Silva

ortogamisO Jornal inicia nesta edição uma série de entrevistas com os secretários da Administração de Santa Fé do Sul.
No dia 2 deste mês o prefeito de Santa Fé do Sul, Ademir Maschio, empossou todos os secretários municipais, e o entrevistado de hoje é Ortogamis Bento, secretário de Saúde.
Ao ser questionado sobre quais as primeiras medidas que já estão sendo tomadas em sua Secretaria, ele afirmou que é a questão da humanização e a gentileza no trato com todos os pacientes do município. “Costumo dizer que não podemos tudo, mas que podemos muito. Como os recursos serão escassos em virtude de que o governo teve que destinar verbas no orçamento para aumentar o saldo do fundão para manter um cálculo atuarial atualizado para as aposentadorias, os recursos para este primeiro ano serão poucos. Apesar do ex-prefeito Armando Rossafa ter deixado o governo municipal em boa situação, não haverá muitos recursos para investimentos”, disse o secretário.
Ele ressaltou que quando foi secretário da Saúde em 2000, havia filas enormes nos postos de atendimento.
O secretário lembrou que, naquela época, no Posto de Saúde, havia todos os dias uma fila que começava a se formar a, meia noite para as pessoas conseguirem guias para determinados médicos. Algumas pessoas ficavam na fila para “vender lugar”, outras “vendiam as guias para as consultas”, e isso era um problema sério, além do fato de não haver atendimento suficiente para todos os munícipes.
“Nossa preocupação agora foi a de colocar pessoas com o perfil adequado, que estejam dispostas a serem gentis, uma vez que as pessoas têm que ser bem atendidas, até porque são elas que pagam o funcionário público. Já temos agora, em todas as UBSs o, Ponto Eletrônico, e a implantação do sistema foi fundamental para que todos os funcionários estejam em seus pontos de trabalho desde o momento da abertura até o fechamento do expediente”, ressaltou o secretário.
Ele explicou que existem profissionais que, embora tenham uma carga horária de quatro horas, atendem meia hora. “Eles têm que atender ou as quatro horas, ou exercer sua tarefa que corresponda um atendimento integral da população. Temos que diminuir em alguns seguimentos, como os de atendimento médico, de exames e de fornecimentos de medicamentos, a demanda reprimida. Para se ter uma ideia, hoje temos 350 exames de mamografia a serem realizados, e o propósito da Secretaria de Saúde será o de diminuir essa demanda”, disse.
Ortogamis explicou também que atualmente em algumas ESFs – Estratégias de Saúde da Família – o agendamento para consultas ainda é moroso, e é necessário que esse quadro se reverta, no sentido de haver o atendimento das pessoas em, no máximo, em uma semana, e não em vinte dias, como é o caso de algumas Estratégias da cidade. “Nosso objetivo é fazer com que o cidadão seja atendido no mesmo dia”, explicou.
Mesmo com alguns contratempos, Santa Fé do Sul possui hoje uma estrutura na área da Saúde invejável, uma vez que toda a cidade é dotada com médicos da família, dentre muitas outras facilidades. “Temos uma parceria com o Governo do Estado para o fornecimento de medicação, que oferece, gratuitamente, através do Programa Dose Certa, para todos os cidadãos santafessulenses, cinquenta e três medicamentos, sejam eles inflamatórios, insulina, remédio para o Diabetes, hipertensivos, dentre outros.
Para o atendimento básico, que prevê o atendimento nas UBSs – Unidades Básicas de Saúde –, que incluem Ginecologia e Obstetrícia, o município tem fornecido medicamentos.
“Temos dificuldades com relação às medicações de alto custo. Embora a Constituição de 1988 diga que ‘a saúde é um direto de todos e um dever do Estado’, sabemos que isso não acontece, até porque ela não determinou quem faria os pagamentos para os medicamentos mais caros”, disse Ortogamis.
O secretário orienta que sempre que não houver medicamentos de alto custo, como os usados para a maioria das doenças crônicas, é recomendável que o cidadão procure a Promotoria e entre com uma ação para que o referido medicamento seja liberado o mais rápido possível.
“Evidentemente que temos um sistema de saúde invejável, embora longe de atender as expectativas da população. Entretanto, temos água potável, esgoto e vacinas de boa qualidade, com salas diversas para o atendimento ao público”, ressaltou o secretário.
Santa Fé possui nove Unidades de Saúde da Família; o Caps – Centro de Atenção Psicossocial –, que trata diariamente os portadores de algum sofrimento psíquico grave; a Residência Terapêutica, hoje com oito internos, que, diferentemente do que acontecia antigamente, quando precisavam ser internados em manicômios, como o Bezerra de Menezes; o Cradad – Centro de Referência de Apoio ao Dependente de Álcool e Drogas –, que em breve terá um novo local de funcionamento; a UPA – Unidade de Pronto Atendimento -, além de parcerias com diversos hospitais, como o Hospital de Base de São José do Rio Preto; o Hospital Padre Albino, em Catanduva, para pessoas que sofreram queimaduras graves; os Hospitais do Câncer de Barretos, Jales e de Fernandópolis; o HRAC/USP – Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo – Centrinho, de Bauru, para recuperação facial e lábios leporinos; o Centrinho em Fernandópolis e em Jaú, para o tratamento da saúde bucal; o Centrinho de São Paulo, com diversas especialidades e AACC – Associação de Apoio à Criança com Câncer –, uma organização não governamental considerada modelo nacional no tratamento e assistência de crianças com câncer; e o DRS – Departamento Regional de Saúde –, em São José do Rio Preto, ou seja, um sistema de referência de boa qualidade.
“O que precisamos hoje em Santa Fé do Sul é atender mais, melhor, olhando nos olhos e dizendo para o paciente o que iremos fazer e, caso não seja possível aqui, dizer a ele onde e como será feito”, ressaltou Ortogamis Bento.
O secretário de Saúde ressaltou que tem estado, por dia, em pelo menos uma ESF conversando com as pessoas, ouvindo suas reivindicações e dizendo que a ação é um compromisso tanto do governo Ademir e Alcir como do secretário de Saúde de que as coisas mudem para melhor logo. “Iremos dar todo o suporte material, logístico e tecnológico para que todos os profissionais da Saúde possam atender todas os cidadãos da melhor forma possível”, concluiu o secretário de Saúde de Santa Fé do Sul, Ortogamis Bento.

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