TÓPICOS DA SEMANA – EDIÇÃO DE 4/04/15.
Por Mário Aurélio Sampaio e Silva
Charge: Leandro Gusson (Tatto)
Dia da mentira
Iniciamos a semana já nos lembrando de que a quarta-feira foi o Dia da Mentira, dia 1º de abril, data em que, principalmente os pequenos, e muita gente grande também, e põe grande nisso, mentem descaradamente, como se isso não fosse a coisa mais comum, principalmente nos dias de hoje, neste nosso lindo Brasil.
Aqui
No Brasil, o primeiro de abril começou a ser difundido em Minas Gerais, onde circulou “A Mentira”, um periódico de vida curta, lançado em 1º de abril de 1828, com a notícia do falecimento de Dom Pedro, desmentida no dia seguinte. “A Mentira” saiu pela última vez em 14 de setembro de 1849, convocando todos os credores para um acerto de contas no dia 1º de abril do ano seguinte, dando como referência um local inexistente.
Mente que nem sente
No âmbito da política, parece que o que ocorre é que muitos brasileiros honestos observam o horror dos grandes acordos, mensalões e outras maracutaias, e preferem não participar do processo, pois não querem se sujar entrando neste mar de lama. Sendo assim, de maneira geral, praticamente, na sua grande maioria, só mentirosos e ladrões do grande escalão entram na política. A honestidade não compensa, uma vez que um político que não mente e não rouba não tem qualquer vantagem sobre aquele que o faz. Aliás, um político mentiroso tem mais chances de ser eleito e reeleito.
Por quê?
A verdade é que quando um político diz que “vai acabar com a corrupção”, ou ele é um ingênuo ignorante ou um grande mentiroso e canalha. Fazer política é, por si só, mentir; portanto, alguém que se faz passar por honesto neste país só pode ser o maior mentiroso do mundo. E isso não é uma questão do PT, do PSDB e de outros Os da vida, pois, para o povo, não se sabe o porquê, mas o fato é que é preferível alguém que “rouba, mas faz” do que alguém que vai desiludi-lo com falsas promessas de honestidade, para, depois, meter a mão na “sacola”. Talvez sejamos então uma gente que prefere a “ladroagem honesta” do que a hipocrisia.
Um equívoco?
De acordo com a Folha de São Paulo da última quarta-feira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 31 de março, em resposta ás criticas das centrais sindicais à condução da economia, afirmou que o governo petista cometeu “equívocos” em sua política tarifária, afirmando que o Governo Federal não reajustou antes o preço da gasolina por temer que o aumento pressionasse a inflação do país.
Inteligível
“Nós, e é importante dizer eu também assumir e cada um de nós assumir, cometemos equívocos. Por que não e aumentou a gasolina desde 2012? Porque não queria que a inflação subisse”.
Desfavorável
Segundo o petista, atualmente há uma “conjuntura altamente desfavorável” no país e há fatores econômicos que não dependem apenas da presidente.
Ajuste Fiscal
Na avaliação de Lula, o ajuste fiscal implementado por Joaquin Levy, ministro da Fazenda, é necessário, até porque, segundo ele, no cenário econômico, a presidente precisava “dar uma parada”.
Perdeu o bonde
O petista, de forma atrasada, em sua fala, até porque já estamos vivendo uma recessão das “brabas”, disse ainda que “há insatisfação na classe trabalhadora. Não vamos aceitar que o aumento da conta de luz e o ‘tarifaço’ recaiam na nossa conta, até porque sem mudança na política econômica o trabalhador ficará ‘bravo’ e não defenderá o Governo Federal.
O que vem de cima não atinge
Ainda segundo o ex-presidente, Dilma está sendo vítima de “uma luta de classe de cima pra baixo”. Lula foi categórico em afirmar que o PT não tem problema com o andar de cima. “Não perturbem a gente”.