A carne é fraca
A recente operação Carne Fraca pode fazer com que a fábula de Orwell ganhe outra interpretação.
É fácil imaginar, por exemplo, que o porquinho líder da Revolução dos Bichos tenha decidido se unir a jornalistas humanos a fim de frustrar a investigação da Polícia Federal e vender gato por lebre.
Gato com prazo de validade vencido!
Sim, cabeça de porco pode ser usada no processamento de embutidos, mas fica valendo o dito: “leis como salsichas, é melhor não ver como elas são feitas”.
De outra forma, também para constar no fabulário geral do cotidiano, entende-se a razão pela qual o noticiário guinou-se para o lado do rebanho.
Com toda esta história de carne deteriorada nem touro está comendo vaca brasileira.
E os humanos agora estão preferindo churrasco de papelão.
Os vegetarianos estão nadando de braçada!
Além de fácil e barato, comer papelão, abaixa o colesterol, mas por outro lado sobe a taxa de celulose.
Como disse uma vegana amiga minha, é melhor ter celulose do que celulite…
Mas quem está feliz é o hipocondríaco colega meu. Ele ficou sabendo que na fórmula da carne, agora tem vitamina C, em forma de ácido ascórbico, para se prevenir da gripe do frango; ácido sórbico e sorbato de potássio, para se conservar mais jovem; urucum e carmim para ficar mais corado; nitrato de potássio como salitre do Chile, para ganhar massa adiposa; trifosfato de sódio, para turbinar a memória na profilaxia do Alzheimer; cloreto de cálcio, para se prevenir da osteoporose; glutamato monossódico, para se manter mais gostoso.
Como diz um ditado popular: “Não é que a carne é fraca, é você que é sem vergonha”.
Agora você, em pleno churrasco entre amigos, pode fazer aquele papelão…
Que bonito, hem?