Ademir da Guia, o Divino
O nosso herói de hoje é o maior ídolo do Palmeiras. Conhecido como “Divino”, apelido herdado do seu pai Domingos da Guia, zagueiro habilidoso, que era chamado de “Mestre Divino”. Ademir Ferreira da Guia, filho de dona Erotildes e Domingos da Guia, foi o titular absoluto da camisa 10 do Palmeiras por mais de dezesseis anos durante a época da chamada “Academia” de Leão, Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Edu, Leivinha, César e Nei. Conquistou por cinco vezes o Campeonato Brasileiro, foi pentacampeão paulista e bicampeão da Libertadores e tem a impressionante marca de 902 jogos disputados, 153 gols marcados e dezenas de títulos nacionais e internacionais conquistados. Pela Seleção Brasileira disputou a Copa do Mundo de 1974, na Alemanha, quando ela foi campeã e o Brasil ficou em quarto lugar na competição. O seu talento foi louvado pelo poeta João Cabral de Melo Neto. Um dia, o saudoso jogador Sócrates disse que o futebol ofereceu, em sua trajetória, um grande bailarino, Ademir da Guia, com a colocação impecável, a fonte eternamente erguida, a calma irritante, o passe perfeito, a simplicidade dos gestos, o alcance dos passes, a lentidão veloz e o raciocínio implacável, que ficaram definitivamente em nossa memória. O excepcional jornalista Armando Nogueira definiu: Ademir da Guia tem nome, sobrenome e futebol de craque.
Em comemoração aos 65 de fundação do Santa Fé Tênis Clube, o presidente Evaldo Curvina homenageou Ademir da Guia, César Maluco, ex-centroavante; Valtão, ex-zagueiro do Palmeiras; e Marcus Túlio Tanaka, ex- capitão da Seleção Japonesa de Futebol; e houve uma partida de futebol entre os veteranos do clube com os atletas convidados. O jogo de compadres ficou no 1 x 1 por causa do excepcional goleiro Segantini. Os gols foram de Gilberto, de placa; e Túlio, de chaleira. Dentre os participantes, Gino Ribeiro, 72; Jorge Ale, 80 e Ademir da Guia, 82 anos, eram os mais experientes. Sem contrariar a lenda, nos 25 minutos do jogo de que participou, o Divino, em 25 passes, acertou todos! Aplausos da torcida presente e dos palmeirenses Roberto Água Doce, Cido Barbeiro, Celso Ferreira Ganso, Juarez e Washington Ale.
O evento esportivo contou ainda com o final do campeonato interno de racha organizado por Samuel, Bassa e Renê. Com o pontapé inicial dado por Watanabe, o time do Biro foi o grande campeão em cima do time do Bassa por 6 x 3. O trio de arbitragem foi Valdir, Cigano e Cidinho. Os goleiros menos vazados foram Caio Frangão e Jeh Mão de Alface, com 22 gols sofridos cada. O artilheiro com 14 gols foi Marcos Paulo, o Cantor. O melhor jogador do campeonato foi Lucas Biro-Biro.