Agnaldo Rayol, o Rei da Voz
Mais uma voz se calou!
O nosso herói de hoje é ícone da música brasileira.
Agnaldo Royal, dono de uma voz inconfundível, consolidou sua carreira com interpretações românticas, conquistando admiradores ao longo de décadas. Além de cantor, foi ator de novelas, filmes e apresentador de programas, como o famoso Festa Baile, da TV Tupi.
Agnaldo Rayol deixa um legado inestimável para a música brasileira, com uma trajetória artística de 70 anos levando o romantismo aos corações de milhões de fãs. Ele será lembrado como uma das vozes mais expressivas da música brasileira, cuja carreira se entrelaça com a história da televisão e do rádio no país, ecoando seu talento e carisma por gerações.
Segundo Beethoven, a música é capaz de produzir em sua forma real, a dor que dilacera a alma e o sorriso que inebria.
Estávamos na primavera dos anos 90 quando Agnaldo Rayol se apresentou no Santa Fé Tênis Clube num baile que reuniu centenas de fãs.
Nos intervalos de músicas interpretadas com muita emoção, como a canção de Vicente Celestino, Mia Gioconda, os presentes partiam ao seu encontro para receber um abraço e um carinho do cantor. Eram simplesmente pessoas como Ditão Pintor, Nego Caçador, João Borges, Percival Trindade, Alírio, Watanabe e outros românticos da cidade que prestavam essa homenagem ao “Rei da Voz”.
Quando a orquestra tocou a música “Fascinação”, um coral de vozes com as “Cantoras do Rádio”, Maria Rocha, Davina, Lúcia Helena, Lúcia, Zilda, Bida e Otília, acompanharam a majestosa interpretação de Rayol. E num momento de surpresa, ele convidou D. Otília para dançar a valsa, “Eu sonhei que tu estavas tão linda”, de Lamartine Babo.
O grande baile da saudade teve seu epílogo com uma interpretação divina: “Ave Maria”, de Charles Gounod!
Foi um show inesquecível para uma geração que aprendeu a gostar de Francisco Alves, Vicente Celestino, Sílvio Caldas, Orlando Silva, Nelson Gonçalves, Carlos Galhardo, Dalva de Oliveira, Nora Ney e Isaurinha Garcia.
O Rei da Voz agora mora em nossos corações.