Agora é a vez das santas

Publicado em 22/04/2017 00:04

A lista de Fachin referente aos envolvidos na Operação Lava Jato focalizou os “santos” da política nacional. Todos os envolvidos dizem que não fizeram nada daquilo que os delatores disseram. Uns nem sabiam que mais de milhões de reais haviam sido depositados na sua conta corrente. Outros dizem que são estórias para boi dormir ou obras de ficção científica. Imagine que muitos ficaram indignados pelo fato de ter seu próprio nome citado na lista. A maioria fala que foi engano ou coisa sem lógica nenhuma.
Depois dessa polêmica toda houve uma sessão na Câmara muito concorrida. Os congressistas exigiram que o Ministério Público Federal mandasse uma lista com os nomes de políticos que não estivessem envolvidos com nenhum tipo de corrupção.
Imediatamente o Supremo Tribunal Federal enviou a requerida lista para os presidentes da Câmara em questão. Foi um espanto quando receberam a remessa de meia dúzia de folhas de sulfite, em branco.
Agora é a vez das “santas”.
A investigação começou com Santa Gertrudes, município do interior de São Paulo, polo industrial de cerâmica da região.
Segundo a delação premiada de Guilherme Paschoal, executivo da Oderbrecht, a eleição municipal teria custado à empresa 180 mil reais em caixa 2. Na ocasião, 120 mil reais foram para o candidato favorito, nas pesquisas, Valtimir Ribeirão, que perdeu; Rogério Pascon, o atual prefeito, reeleito, ficou com 50 mil reais; e ao azarão da disputa, Gino da Farmácia, sobraram 10 mil reais.
O interesse da companhia numa cidade de apenas 25 mil habitantes era de manter a concessão de água e esgoto da cidade, onde a Oderbrecht opera desde 2010, período em que o prefeito era Ribeirão.
Nem a taxa mínima de água no município que é de 100 reais foi o motivo da revolta da população. Ninguém da cidade se conforma que o Gino da Farmácia foi se sujar por tão pouco. Com todo mundo na política levando milhões…
Dizem que o homem ficou tão chateado que acabou com todo o estoque de latas de Neocid da farmácia e se mudou para a vizinha Rio Claro, talvez para se limpar do mal feito.

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