Arlindo Sutto
O nosso herói de hoje é o precursor do rádio na região. Conhecido por Massinha, Arlindo Sutto também foi craque de futebol nos áureos tempos do time dos doutores, onde faziam parte Adacyr Ferreira, Vasco de Figueiredo, Celso Xavier, Pedro Navarrete, Helvécio Botelho Siqueira, Luiz Bernardo e Flávio Guimarães.
Nos anos 60, o único veículo de comunicação sonora na cidade era o “Cacique do Ar”, muito bem comandado por Nestor Machado.
O meu amigo Raymundo Silva conta bem esta história: “Em 1964, casado, resolvi fazer um passeio para o Rio de Janeiro, mas, por motivo de doença, a família teve de ficar em São Paulo, quando conheci Olimpio Ridolfo, dono das rádios de Jales e Santa Fé do Sul. A partir daí fui convidado para trabalhar com Arlindo Sutto e Mauro André que haviam tomado à direção da emissora”. Foi justamente neste período que o Nestor também começou a fazer parte do elenco da Rádio Santa Fé.
Na verdade, o nosso herói chegou aqui na Terra das Araras Azuis, Amarelas e Vermelhas como enfermeiro. Trabalhou com o colega Pedrão no hospital dos médicos Nilson Coutinho, Celso Xavier e Flávio Guimarães, que se transformou na Santa Casa, onde ele instalou o primeiro raio-X. Também foi provedor da instituição, além de vereador e vice-prefeito do município, por três vezes, uma com Armado Rossafa Garcia, e as outras duas, com Itamar Borges.
Como radialista, político e sobretudo como cidadão, contribuiu em todas as obras sociais do município e foi a pessoa que mais divulgou a cultura na cidade.
Os seus pais, João Sutto e Marcela, a inesquecível Nona, tinham o Hotel…….., na Avenida Conselheiro com a Rua Quatorze. Eu tive o privilégio de fazer refeições na “Pensão da Nona” quando eu vim para cá trabalhar no laboratório. A Lúcia, do professor Arides Ricci; o amigo Everaldo Brancalhão e a minha namorada, na época, Lúcia Sato, entre outros, foram os seus pensionistas.
Mas a Rádio Santa Fé AM, 1000 watts de potência era a mais ouvida na região de São Paulo, Minas Mato Grosso e Goiás. Tinha entretenimento como “Caixinha de Pedidos”, do Nestor Machado; o “Jornal”, com Antonio Carlos de Camargo; “Hora da Peneira”, “Rodeio de Violeiros”; “O luar do sertão” de Marcos Alberto; o “Campeonato de Futsal do Iepim”; os campeonatos de vôlei, basquete e futebol de campo que Arlindo fazia questão de narrar; além das apresentações em shows, bailes e congêneres. Entre Ficcaps e eventos artísticos, o nosso herói teve contato com artistas como Tonico e Tinoco, Tião Carreiro e Pardinho, Chitãozinho e Chororó, Milionário e José Rico, Cristhian e Ralph, Rick e Rener, Ataíde e Alexandre, Bruno e Marrone, Jayne, Nalva Aguiar, Sérgio Reis, Jerry Adriani, Nelson Gonçalves e Jair Rodrigues. A “Oração da Ave Maria” transmitida às seis da tarde foi, sem dúvida, uma referência em termos de religiosidade em toda a região.
A Rádio Santa Fé de ontem, com Raymundo Silva, Nestor Machado, Zé Macaco, Carlão, Joel, Marcos Alberto, Fernando e Sanches, com os técnicos de som Paulo Billy Cortez, Vanildo, Zé Benatti, o Bideu e Alírio Gonçalves da Silva dá continuidade a uma comunicação radiofônica mais moderna e atual, com Edson Ferreira, Carlinhos, Salú, Suzana, Eduardo Free, Albert, Leandro Lirussi, Silvanir Lima e outros.
O nosso herói de hoje foi um vencedor porque tinha uma torcida abençoada, composta por Tereza, Américo, Nico, Cida, Silvinha, Djanira, Rosana, Júnior, Elaine, Santa, João Guilherme, netos, parentes e amigos!