Aureliano de Araújo Neto, 7.0

Publicado em 6/06/2014 23:06

O nosso herói de hoje é dentista, sãopaulino da gema e ex-racheiro do Santa Fé Tênis Clube.
Nascido aos 1º de junho de 1944, em Paraguaçu – MG, que faz divisa com Três Pontas, terra do cantor e compositor Nilton Nascimento e de Antônio Aureliano Chaves, ex-governador de Minas e ex-presidente da República, na gestão de João Baptista Figueiredo; Alfenas, do cantor Wilson Sideral, filho de Wilson Simonal e Varginha, cidade do ET, que fica perto de Três Corações, onde o Rei Pelé nasceu.
É por estas e outras razões que o nosso herói do cotidiano tem as características de artista, político, extraterrestre, adora a profissão e amante do futebol.
O legado da família Araújo se iniciou com Antônio Aureliano de Araújo, agricultor, pecuarista e tecelão e, sua mulher e companheira, Maria Tavares.
Em 1948 o casal foi trabalhar de colono e o nosso herói, com quatro anos, foi morar na Fazenda Lidiana e mais tarde, em Santa Luiza, município de Lins, SP.
Aureliano iniciou o primário na fazenda e terminou o curso na Escola Estadual Dom Henrique Mourão, em Lins. Depois do admissão entrou no ginasial, no Instituto Americano. Logo em seguida fez o curso de técnico em contabilidade, que o credenciou, naquela época, para fazer o vestibular. Depois de três meses de cursinho, ele passou na Faculdade de Odontologia, de Lins e se formou em 1967.
Ele é o primogênito do clã dos Araújo. A família é um verdadeiro time de futebol com Aureliano, José Augusto, Maria Aparecida, Maria de Lourdes, Targina, Sebastião, Ana Maria, Isabel de Fátima, Regina Célia, Marco Antônio e Joelma, irmã de criação. Mas o super herói da estória é o seu progenitor e técnico desta seleção de ouro. Ele conseguiu formar cinco dentistas, dois engenheiros, um advogado, um administrador de empresas, uma professora e uma química industrial, trabalhando dia e noite na roça. Como diria Zeca Camargo: “- É fantástico!”
Em 1968, Dr. Aureliano foi clinicar na cidade de Aparecida do Tabuado-MS. No futebol, na década de 70, ele fez parte do time do Zulu, time da cidade, depois que os times profissionais, Grêmio e Comercial foram extintos. Lá ele jogou com Andrezinho, ex-prefeito da cidade, os irmão Alemão e Jamil, Canhoto Branco, Canhoto Preto, Xande, Ernesto, Tonhão Preto, Paulinho da Volks, Washington Ale e outros craques.
Em 1972 o nosso herói se casou com Donária Silveira, linda normalista, em Lins. Em 1973, dia 1º de junho, data do seu aniversário, o casal, ainda em lua de mel, se mudou para Santa Fé do Sul. O doutor foi trabalhar no Sindicato dos Trabalhadores Rurais, cujo presidente era o saudoso Alcides Ribeiro, pai do nosso amigo Gino. Depois montou uma clínica odontológica e foi sócio de Adacyr Ferreira por três anos.
Era o zagueiro central titular do time dos Alfaiates. Um dia fomos jogar em Nova Canaã. O escrete era formado por Benitez, Chicão, Moringa, Viola, Jamil Ale, Watanabe, Zanana, Jorge Ale e outros. O técnico Zé Magro levou como bicho, um engradado de Telecoteco, a pinga do momento, que infelizmente acabou num instante. Era só pingar na área que o Jorge Mé faturava. Mas os torcedores, Fidelcino (Tarzan), Fubá e Gugu é que fizeram a diferença.
Moringa, identidade secreta do nosso herói é famoso por ser pé quente nos bingos por ter ganhado dois carros zero, em Aparecida do Tabuado e muitas TVs e máquinas de lavar roupa, nas lotos da vida. Hoje o nosso herói não ganha nem frango em víspora de quermesse porque o seu amigo Freitas, de Aparecida, lançou a maldição do Tião da Farmácia: vai sempre comer bronha.
Aureliano ainda é a enciclopédia da música popular brasileira, coleciona Lps de Vicente Celestino a Nelson Gonçalves e sabe de cor e salteado as letras das músicas românticas da época. É por isso que só anda com o Euricão.
Os filhos, Donarinha, a primogênita, Mariana e Aurelianinho, o caçula, respectivamente odontólogas e protético, serão a sua continuidade, de 70 anos de idade e 47 anos de profissão, um exemplo de perseverança, dedicação e amor ao trabalho.

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