Beto Alcalá
João Roberto Arcalá é o nosso herói de hoje. Nascido Beto Alcalá aos 9 de junho de 1963, em Santa Fé do Sul, filho de Mariana Batista, D. Nana e João Alcalá Garcia, conhecido por Joanim Alcalá.
O menino Beto fez o primário no Terceiro Grupo, hoje Thereza Siqueira Mendes, em 1969. Sua primeira professora foi D. Isabel, mas a sua preferida foi a D. Lourdes, mãe da Patrícia, Cláudia, Márcia e Marilza Fernandes. Em 1973 foi para o ginasial, no Iepim, época de uma educação rígida e eficiente, comandada com mão de ferro do diretor José Clemente.
Na época foi o nosso pequeno herói que construiu em parceria com o colega Fernando Cardoso, o primeiro placar eletrônico, que foi instalado na quadra coberta do Iepim. A quadra foi palco de memoráveis campeonatos de futebol de salão, organizados pelo saudoso professor Moacir Carlos de Almeida.
Em 1981, o jovem Beto foi fazer cursinho em São Paulo. Depois teve uma passagem por Itajubá e em 1985 passou no vestibular, em engenharia mecânica, na Unesp de Ilha Solteira. Foi neste período que se apaixonou pela princesa Elen e se casou. Desta união nasceu Vinícius, cidadão ilhense. Recentemente, o pai Beto recebeu o título de cidadão ilhense por ter criado há 20 anos, o Festival Inter UNESP de Música Popular Brasileira e ter feito a letra e música do hino da cidade.
Com o falecimento de sua mãe D. Nana, em 1996, o nosso herói voltou para Santa Fé do Sul para assumir a direção da fábrica de plástico com o seu pai Joanim Alcalá. Depois, montou uma metalúrgica que funcionava junto com a fábrica. Nasce o seu segundo filho, Pedro, exímio tocador de taiko.
Em 2001 foi eleito vereador e foi escolhido pelo prefeito Itamar Borges para ser o secretário de cultura do município. E daí para cá não parou mais. Em 14 anos, foi secretário do turismo, comércio, indústria e cultura na gestão de Toninho Favaleça e atualmente, na cultura, com Armando Rossafa. Realizou mais de mil eventos relacionados a formação cultural como teatro, dança, música, carnaval, festivais de arte, mostras de artesanato, movimentos artísticos, artes cênicas, plásticas e folclóricas.
O nosso herói Beto fecha com chave de ouro a sua performance cultural ao inaugurar o Museu da Imagem e do Som (MIS), depois do Museu Professor Honório de Souza Carneiro, Museu a Céu Aberto e Museu da Saúde, locais que tiveram a sua contribuição efetiva.
O MIS, na sua inauguração, foi histórico e ao mesmo tempo inusitado. Os participantes da cerimônia eram peças vivas do museu. Edinho Araújo, incentivador e baluarte do projeto, presente em carne e osso, assim como, Armando Rossafa, D. Diva, Elena Rosa, Santa e Arlindo Sutto, Raymundo Silva, Jerônimo Xavier e Maria Rocha, Adacyr Ferreira, Mara e Josefa Amaral, Ivone Abdo, Terezinha e Helvécio Siqueira, D. Belinha Araújo, Neusi Calazans, Marilisa Daud, Isaías Basso, Eulália, Carol e Maria Rosa Santana, Norio e Takeo Kobashashi, Elisa e Bolinha, Ana Maria e Carlos Alberto Sanches, Lusmarina e Nelson Francisco da Silva, José Biscassi, Carlinhos e Salu da Dinâmica, Beto Gomes, Leandro Lirussi, Rieli Agostinho, o famoso Jipão da Padaria, Ortogamis Bento, Maria Emília e Nonato, Zezinho Eletricista, Valdo e Vagner Garcia Alcalá, tios do Beto.
Como bem definiu o nosso herói da Estância Verde, Amarela, Azul e Vermelha: “- A criação deste museu é o fim do começo”.
O “cubo vazio” exposto no recinto do museu espelha a idéia do grande Beto – tornar um espaço dinâmico onde sempre serão expostas peças diferentes ao longo do tempo, associando o antigo com o moderno.