Dom Paulo Evaristo Arns
O nosso herói de hoje não poderia deixar ser uma pessoa do bem, em todos os sentidos.
Ele é Dom Frei Paulo Evaristo Arns, frade franciscano e cardeal brasileiro, nascido em Forquilhinha, Santa Catarina aos 14 de setembro de 1921.
Arcebispo emérito de São Paulo recebeu muitos epítetos, dentre eles de bispo dos oprimidos, cardeal dos trabalhadores, bispo dos presos, bom pastor, cardeal da cidadania, guardião dos direitos humanos, cardeal da esperança e, de corintiano graças a Deus, livro escrito do próprio punho.
Como padre, bispo e cardeal lutou pela liberdade, ficou ao lado dos trabalhadores e dos oprimidos, combateu em defesa dos direitos humanos, mas foi sobre tudo, exatamente como gostaria de ser lembrado, um amigo do povo.
Além de religioso, foi ícone da liberdade e da democracia do país.
Sem ser político, subiu morros, freqüentou favelas, incursionou pelas periferias, assistiu aos jogos do seu time de coração, o Corinthians, nas gerais e enfrentou generais da ditadura para dar proteção a perseguidos políticos de religiosos, de advogados e jornalistas.
Este é um cidadão brasileiro que seria merecedor do prêmio Nobel da Paz.
E com a morte deste gigante brasileiro as suas ações humanitárias nos tornam gratos, pois a gratidão nasce no coração de quem está disposto a enxergar…
Segundo Machado de Assis, a gratidão de quem recebe um benefício é bem menor que o prazer daquele de quem o faz, desde que o faça sem nenhum interesse.
E ele, nosso herói de hoje, cuja família possui este espírito de solidariedade nata, essência de uma voluntariedade a flor da pele, como a sua irmã Zilda Arns, fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, que morreu lutando para melhorar a qualidade de vida das pessoas necessitadas no Haiti.
Existem pessoas no mundo que torna nossa caminhada mais significativa pela companhia, pelo apoio, pelo carinho e assim nos torna melhores.
Hoje o mundo perdeu um ser humano excepcional e somos gratos por tudo que nos cerca, por tudo o que acontece, até mesmo pelas decepções. Somos gratos pela adversidade da vida que nos desafia a ser melhores, a ser humano. Nada acontece em vão, e são desses momentos difíceis que se tira a lição.
Não são as pessoas felizes que são gratas. São as pessoas gratas que são felizes.