Edson Reale

Publicado em 21/03/2014 23:03

A saga da família do nosso herói de hoje, Edson Adalberto Reale, se inicia com seus avós paternos, Maria Antonia Palazzo e Giuseppe Reale, oriundos da cidade de Vasco, província de Kieti, na região central da Itália.
Por causa da crise econômica que assolava o país, governado pelo rei Humberto II, o casal Reale embarcou no navio Citta Ditorino, que partiu do Porto de Napole, em 19 de dezembro de 1899, rumo ao Brasil. Após 32 dias de viagem, desembarcaram no Porto de Santos, no dia 22 de janeiro de 1900. Dos quatro filhos que a família levou, Nicola, o primogênito, acabou falecendo no navio.
O clã dos Reale, agora com Giovanni, Cesária e Lúcia, foi direto para uma fazenda de café em Mococa, São Paulo. O trabalho, em regime de escravidão, era duro. Mesmo assim o casal teve mais quatro filhos – Nicola, Luiz, Maria e Pedro, caçula que nasceu em Barrinha e foi registrado em Cravinhos.
Quando se mudaram para Guaiçara, Pedro conheceu Luzia Gambatto e se casaram, nascendo desta união Edson Real, em 15 de maio de 1937. Por um engano na hora do registro, o sobrenome Reale virou Real e acompanhou o nosso herói por muitos anos, como aconteceu com seu irmão caçula, José.
Edson Real fez o grupo escolar, ginásio e secundário em Lins. Cursou direito em Bauru e colou grau em 1964. Na época, havia três categorias na área de Direito – graduado, provisionado e solicitador acadêmico. Em 1963, como acadêmico do quarto ano da faculdade, Edson se inscreveu na OAB e obteve a carteira para poder trabalhar num escritório de advocacia. Ele ficou no emprego até junho de 1965, quando veio para Santa Fé do Sul. Agora, na condição de príncipe encantado, conquistou o coração da professorinha Eliana Maria Lusvarghi Fiorini e se casaram, em Lins.
Na comarca de Santa Fé do Sul, foi responsável pela criação da Casa do Albergado, local destinado a abrigar o preso na segunda fase da execução da pena, junto com o promotor Hugo Nigro Mazilli e o juiz de direito Antônio Correa, em 1973. Em 1976 foi candidato a prefeito da cidade pelo MDB com Orestes Borges de Oliveira e Fileto de Albuquerque Mendes. A coligação da Arena, com Rodolfo Abdo e Edgar Buosi, elegeu Edinho Araújo. Em 1978 foi eleito deputado estadual pelo “manda-brasa” e foi destaque pela sua atuação prestada na legislatura, no governo de Paulo Maluf.
Pelos serviços prestados na condição de deputado, recebeu a Comenda 13 de Dezembro da Câmara Municipal de Guaiçara e a Comenda da Ordem do Ipiranga pelos relevantes serviços prestados na área da legislatura.
Profissional abnegado, fez da profissão um sacerdócio. Recentemente, foi coroado pela Láurea de Homenagem aos 51 anos de profissão e por sua dedicação à causa da justiça, concedida pela OAB. Agora, o decano dos decanos santafesulense, Edson Adalberto Reale é orgulho das filhas Ana Luisa Fiori Reale, advogada, professora universitária, mestre e doutoranda em direito pela PUC; Ana Carolina Fiori Reale Dusso, cirugiã dentista; do seu genro Sócrates dos Santos Dusso, cirurgião dentista e das netas Nathalia e Maria Clara, além da sua querida esposa Eliana, supervisora de ensino, aposentada.

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