Einstein e a Bomba
O novo filme da Netflix aborda os momentos cruciais da vida do físico Albert Einstein e sua indireta ligação com o Projeto Manhattan, retratado em ‘Oppernheimer’, físico americano Robert Oppernheimer, ‘Pai da Bomba Atômica’.
Embora nunca tenha trabalhado diretamente no desenvolvimento da bomba atômica, Einstein é frequentemente associado erroneamente à criação de armas nucleares. Sua famosa equação E = mc2, de fato, explica a energia liberada por um artefato, mas não explica como construí-la.
Fuga da Alemanha e refúgio no Reino Unido
O maior cientista de todos os tempos nasceu na Alemanha, filho de judeus não praticantes. Em 1929, enquanto trabalhava na Teoria da Relatividade, ele chegou a discursar sobre os conflitos que os cientistas da época viviam com os nazistas. “Se a minha Teoria da Relatividade estiver certa, a Alemanha dirá que sou alemão e a França irá me declarar um cidadão do mundo; caso contrário, a França dirá que sou alemão e a Alemanha dirá que sou um judeu”.
Depois dos bombardeios no Japão em Hiroshima e Nagashaki, em 1945, que causaram a morte de mais de 210.000 pessoas, Einstein chegou a discursar publicamente seu arrependimento pelo fato de ter participado da criação da bomba, de certa maneira. Em uma carta ao amigo Linus Pauling, ele afirmou: “Fiz um grande erro em minha vida — quando assinei a carta para o Presidente Roosevelt recomendando que as bombas atômicas fossem feitas”. Confrontado com as consequências de sua ação, Einstein expressou publicamente seu pesar, refletindo sobre o papel que desempenhou no nascimento da era nuclear. “Se soubesse que os alemães não teriam sucesso no desenvolvimento da bomba atômica, eu nunca teria levantado a questão”.
Diante do ocorrido, Einstein tornou-se um extremo ativista da paz e da ética científica.
Einstein lembra que, quando era criança, queria apenas ficar em um canto, sem que ninguém prestasse atenção nele. Quando adulto, ficou diante dos olhos de um planeta dividido, onde sofria, inclusive, ameaças de morte.